LIÇÕES

Guia de Células 19-02-23

De 19 February à 26 February 2023

Estudo III – Deus se lembra
Texto base: Zc 13.6, 8-9
Zacarias significa “lembrado por Deus”. Tem origem no nome hebraico Zekharyah, composto pelos
elementos zakhár, que significa “ele lembrou” e Yah, de Yahweh, que quer dizer “Deus, Senhor”. SÍNTESE:
Zacarias apresentou Cristo como o Servo-Sofredor que salvará a humanidade e o Rei-Vitorioso que mostrará
o seu poder sobre tudo e sobre todos.
INTRODUÇÃO
A mensagem de Zacarias, assim como a de Ageu, teve como objetivo incentivar os judeus que
retornaram do exílio a investirem na reconstrução do Templo. Podemos extrair de seu livro três importantes
lições para a Igreja do Senhor na atualidade: os servos devem se colocar a serviço do Senhor; o jejum
continua valendo para os dias atuais; Jesus veio em carne, mas voltará em glória.
Zacarias desenvolveu o seu ministério para o primeiro grupo que retornou à Jerusalém após o
decreto assinado por Ciro em 538 a.C., que autorizou a repatriação dos judeus exilados. Cinquenta mil
judeus, sem contar as mulheres e crianças, retornaram sob a liderança do príncipe Zorobabel e do sumo
sacerdote Josué. O propósito era reconstruir o Templo. Com a oposição dos samaritanos, muitos
desanimaram e o projeto acabou sendo abandonado.

  1. ZACARIAS
    Sacerdote e profeta, Zacarias desenvolveu a responsabilidade sacerdotal do ensino ao lado da força
    encorajadora de um profeta. Oriundo da tribo de Levi era descendente de uma família de sacerdotes (Zc
    1.1,7). Seu nome significa “o Senhor lembra”. Ele nasceu em terra estrangeira, quando os judeus estavam
    exilados na Babilônia. Fez parte do primeiro grupo composto de cinquenta mil judeus que retornou a
    Jerusalém sob a liderança de Zorobabel (Ne 12.1,4,7,10,12,16).
    O livro de Zacarias começou a ser escrito em 520 a.C.; diferente de Ageu que entregou quatro
    mensagens em um período curto de tempo, Zacarias, sendo mais jovem do que Ageu, viveu muito mais
    tempo e, deste modo, teve um ministério profético mais longevo. É provável que Zacarias permaneceu
    durante décadas profetizando para o seu povo. Ao lado de Ageu, incentivou o retorno da reconstrução do
    Templo, todavia, sua profecia não se limitou unicamente a este propósito, ele também se empenhou pela
    renovação espiritual de Jerusalém e de seu povo, por isto entregou mensagens messiânicas que traziam
    esperança para o povo.
    O livro de Zacarias possui algumas singularidades: é o livro mais apocalíptico e escatológico de todo
    o Antigo Testamento; também é o livro mais extenso entre os profetas menores. De igual modo, é
    considerado o livro mais difícil de ser interpretado e isto acontece por causa de suas visões, símbolos e
    parábolas. Sua profecia é composta de visão (Zc 1-6) e palavra (Zc 7-14). Os capítulos 1-8 encorajaram os
    judeus na reconstrução do Templo, enquanto os capítulos 9-14 apresentam profecias sobre Israel e o
    Messias. Ele profetizou sobre as funções que Cristo exerceria como o “Servo do Senhor” (Zc 3.8); o ReiSacerdote (Zc 6.13); o verdadeiro Pastor (Zc 11.4-11). Também relatou episódios da vida de Cristo: sua
    traição (Zc 11.12,13); sua crucificação (Zc 12.10); seus sofrimentos (Zc 13.7) e sua segunda vinda em glória,
    retratando Jesus como o Rei-guerreiro que reinará sobre Jerusalém (Zc 14.4). O Novo Testamento
    apresenta diversas referências diretas e indiretas das profecias de Zacarias (Zc 9.9 e Mt 21.5; Zc 11.13 e
    Zc 12.10 e Ap 1.7).
  2. A ATUAÇÃO DE ZACARIAS
    A primeira mensagem de Zacarias tinha como propósito exortar o povo ao arrependimento (Zc 1.1-
    6). Ela foi entregue entre o segundo e o terceiro sermão profético de Ageu (Ag 2.1-9; 2.10-19). O profeta
    exortou os judeus a observarem os erros dos seus antepassados que recusaram ouvir os profetas que os
    antecederam (Is 31.6; Jr 3.12; 18.11; Os 14.1). Os capítulos 1-6 apresentam oito visões que contribuíram
    para encorajar os judeus que trabalhavam na reconstrução do Templo. As visões indicavam que os olhos
    do Senhor estavam voltados para Jerusalém, pois a Casa do Senhor estava sendo edificada (Zc 1.7-17), e
    que qualquer poder que se levantasse contra o povo de Deus, cedo ou tarde, seria destruído (Zc 1.18-21).
    A reconstrução do Templo não poderia ser vista apenas como uma obra humana, mas como resultado da
    influência operada pelo Espírito do Senhor nos corações (Zc 4). As visões terminam com a descrição dos
    juízos divinos que seriam derramados contra as nações inimigas (Zc 6.1-8). Todas as visões visavam motivar
    o povo.
    Durante o cativeiro, o povo de Judá desenvolveu o hábito de jejuar no quarto, quinto, sétimo e décimo
    mês, como sinal de luto pela destruição do Templo (Zc 8.19). Quando a reconstrução já se encontrava bem
    avançada, surgiu uma pergunta: no novo Templo os jejuns deveriam continuar? (Zc 7.3). Uma comitiva veio
    de Betel para interrogar os sacerdotes de Jerusalém. A primeira geração de exilados havia sentido
    profundamente a queda de Jerusalém e chorava com sinceridade, porém a segunda geração não conseguia
    entender a profundidade da atitude e a cumpria apenas como um ritual. O jejum parecia um incômodo para
    eles. Este tem sido o problema da geração que “nasce na Igreja”. Há filhos de crentes que cumprem rituais
    porque se acostumaram, mas não se conscientizaram sobre tais atitudes. Zacarias respondeu que depois
    de restaurar e abençoar Jerusalém, os jejuns deveriam permanecer, o que mudaria seria a atitude dos
    homens em relação ao ritual. A adoração triste, compulsória e nostálgica daria lugar a uma adoração festiva
    regada por atos sagrados de honra em louvor a Deus.
  3. FALANDO DO MESSIAS
    Enquanto os oito primeiros capítulos motivaram os judeus na reconstrução do Templo, nos últimos
    seis capítulos, o profeta Zacarias transportou-se do presente para o futuro. Cremos que os capítulos finais
    representam uma mensagem entregue por Deus a Zacarias, ele profetizou o castigo divino para as nações
    ao derredor de Israel que causaram sofrimento ao povo de Deus (Zc 9.1-8).
    Zacarias estabeleceu uma comparação antagônica entre a grandeza de um conquistador humano
    (Alexandre, o Grande) e a simplicidade do Messias prometido (Jesus Cristo). Depois de retratar o domínio
    de um rei conquistador, o profeta apresentou a chegada do Rei-Salvador em Jerusalém. Cristo foi um
    exemplo que nos ensinou como viver; em sua morte, um sacrifício perfeito; em sua ressurreição, um
    vencedor extraordinário; em sua ascensão, um rei; em sua intercessão, um sumo sacerdote que continua
    agindo em favor da Igreja e cremos ainda que Cristo voltará para cumprir todas as promessas bíblicas. A
    profecia de Zacarias não ficou circunscrita apenas ao primeiro advento de Cristo sobre a Terra, mas também
    discorreu sobre a sua Segunda Vinda. E breve Ele virá.
    CONCLUSÃO
  4. Reconhecemos que muitas profecias de Zacarias já se cumpriram historicamente. Tal constatação
    deve nos despertar para que possamos permanecer em vigilância, pois tudo o que foi prometido se cumprirá,
    em seus mínimos detalhes.
  5. Deus se lembra de você, Ele se faz presente nos momentos limítrofes de sua vida.
  6. Temos falado em Adoração, Acolhimento e Avanço, estamos nos preparando e esperamos com
    expectativa um grande avivamento. Mas, para isso, precisamos restaurar nosso culto a Deus.
    PARA COMPARTILHAR:
  • O que podemos aprender com Zacarias?
  • Como Zacarias apresenta Cristo?
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