LIÇÕES

Guia para Células 26-10-25

De 26 October à 01 November 2025

SÉRIE: “LIVRAI-NOS “- VENCENDO COM CORAGEM E ESPERANÇA

IV EPISÓDIO – LIVRAI-NOS DO MEDO QUE NOS  CONSOME

TEXTO BASE: Atos 28:1-7

INTRODUÇÃO

“Importa-me ver também Roma”. Essas foram as Palavra de Paulo durante o seu ministério em Éfeso (At 19:21). Não fazia, porém, ideia de tudo o que lhe aconteceria antes que chegasse à cidade imperial: prisão ilegal, julgamento perante judeus e romanos, reclusão e, até mesmo, um naufrágio. O apóstolo desejava ardentemente pregar o evangelho em Roma (Rm 1:14-16) e depois ir para a Espanha (Rm 15:28). Certamente, não pensava em ir como PRISIONEIRO. Mesmo diante dos desafios da vida, Paulo confiou na promessa de Deus de que testemunharia em Roma (At 23:11) e o Senhor o acompanhou até o fim.

Paulo foi um líder corajoso e capaz, pela graça de Deus, de administrar crises intensas. “Crises são antigos conceitos querendo morrer e novas oportunidades querendo nascer, porém de forma obscura, sem sensatez visível ou direção aclarada”

1.”LIVRAI-NOS”É UM GRITO NECESSÁRIO – PORÉM, MESMO NA ADVERSIDADE,  SOMOS CONSELHEIROS

1.1.Alguns estudiosos creem que quem narra a história, o médico Lucas,  tenha recebido autorização para viajar com Paulo, pois era o seu médico pessoal e Aristarco, assistente pessoal de Paulo.

1.2.Paulo não era o único prisioneiro do barco que Júlio e seus homens levavam para Roma; o texto nos diz: “… entregaram Paulo, e alguns outros presos (…) At 27:1b. O termo grego significa “outros de um tipo diferente”, podendo indicar que estes iam para Roma a fim de serem executados, pois já estariam julgados.

1.3.Eles seguiram de Cesáreia a Sidom, cerca de 130 km. Paulo recebeu permissão de visitar amigos e de fazer preparativos para a longa viagem. O oficial foi extremamente cortez com Paulo (At 24:23) e fala do encorajamento dos cristãos que se encontravam em Sidom.

1.4.Agora,de Sidom para Mitra, a viagem tornou-se difícil, porque os ventos estavam fortes – ventos do oeste. Em Mirra, o oficial romano chamado Júlio encontrou um navio rumando para Itália e, assim, deixou a embarcação costeira mais lenta e embarcou Paulo e outros neste navio maior que vinha do Egito com 276 pessoas (At 27:37-38). Roma importava grande parte dos seus cereais do Egito. O governo romano pagava bem aos comandantes desses navios.

1.5. A viagem de Mirra a Cnido – 200 km – estava sendo dificultada por causa dos ventos fortes. Assim sendo, o Capitão direcionou o navio para Creta, passou por Salmona e, por fim, com grande dificuldade, chegaram a Bons Portos.

1.6.Paulo os admoestou a permanecer em Bons Portos; já haviam enfrentado muitos ventos contrários, e era início da época de tempestades. O Apóstolo Paulo já havia passado por três naufrágios: “Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo” ( II Co 11:25).

1.7.Paulo disse de forma clara: “Vejo” (Atos 27:10), este termo grego significa “de acordo com minhas experiências passadas aconselho a não prosseguir”. Porém, os homens no comando fizeram pouco caso do aviso de Paulo.

1.8.Sempre somos tentados a crer mais nos pseudos especialistas do que na revelação de Deus. Realmente Bons Portos não possuía a infraestrutura necessária para um tempo maior de espera.

2.LIVRAI-NOS DO MAL – PORÉM SOMOS DESAFIADOS A TOMAR DECISÕES DESAFIADORAS

2.1.Logo após zarpar, veio um vento suave do sul, extremamente animador, porém, em breve,  surge o Tufão denominado Euroaquilão, uma mistura do grego com o latim que significa: vento nordeste.

2.2.Muitas vezes valorizamos mais o navio do que as pessoas. O navio é o nosso meio de transporte, mas em tempos de insegurança somos convidados a deixar o grande navio que parece ser local de segurança e nos apegarmos ao Plano B, que é um barco mais modesto.

2.3.A tripulação teve de deixar o navio ir à deriva, pois era impossível manobrá-lo, e o vento levou-os mais de 36 km para o sul, para a ilha de Cauda. Lá, os marinheiros recolheram o navio pequeno.

2.4.A tempestade foi ganhando intensidade e a tripulação fez todo o possível para que o navio não afundasse. Amarraram cordas ao redor do casco para que não se desintegrasse e baixaram algumas das velas. No dia seguinte, começaram a atirar no mar os cereais e, no terceiro dia, lançaram fora a armação do navio (At 27:19). A tempestade era tão forte que eles não podiam ver o sol, estrelas, de modo que era impossível determinar sua posição.

2.5.A situação parecia perdida, pois um homem se recusou a ouvir o “Mensageiro de Deus.”

3.LIVRAI-NOS NÃO É UMA CAVERNA DE ESCONDERIJO, MAS SIM UMA PLATAFORMA DE ENCORAJAMENTO EM MEIO ÀS PERDAS DA VIDA

3.1.Como disse Joseph Parquer, “Paulo começou como prisioneiro, mas terminou como Capitão”. O Apóstolo Paulo assumiu o controle da situação quando ficou evidente que ninguém mais sabia o que fazer. Você está reclamando porque as pessoas a sua volta não sabem mais o que fazer? Essa é a vez daqueles que receberam o livramento de Deus, mesmo que isso seja desafiador aos olhos humanos. Você é um “Improvável”, então, assuma responsabilidades espirituais em nome de Jesus.

3.2.Paulo compartilhou com eles a Palavra de Deus (Atos 27:22-26);

3.3.Ele os advertiu (Atos 27: 27-32): o navio havia  sido desviado do curso cerca de 800 km e se encontrava à deriva no mar Adriático;

3.4.Deu testemunho, bom exemplo (Atos 27: 33-38)- ele não fugiu mas esteve presente durante todo o processo. Orientação para que todos terminassem o jejum, pois era necessário forças para encarar as adversidades.

3.5.Ele os salvou (At 27:39-44). Quando raiou o dia, o piloto viu onde estavam e se esforçou o máximo para levar o navio até a praia. No entanto, seus esforços foram em vão; o navio encalhou, e as ondas começaram a destruir a popa. Restaram os passageiros.

CONCLUSÃO

1.As tempestades chegam quando desobedecemos a vontade de Deus. A culpa foi do Centurião e não de Paulo. Por vezes sofremos por causa da incredulidade de terceiros.

2.As tempestades da vida servem para testar o nosso caráter. Alguns marinheiros se mostraram egoístas e tentaram escapar, mas Paulo creu em Deus e foi até a conclusão do ciclo.

3.Paulo prevaleceu no propósito, Deus o livrou e livrou todos os passageiros do barco. Paulo chegou a Roma para cumprir seu chamado.

4.A tempestade nos dá oportunidade de assumir a liderança de situações para ajudarmos os outros.

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