Guia de Células 24/07/22

SÉRIE III: SIMÃO PEDRO, O PESCADOR
ESTUDO VII – A genuína práxis do evangelho
Texto base: Jo 21.15-17
INTRODUÇÃO
No domingo pela manhã, as mulheres correram até o sepulcro onde sepultaram JESUS. Elas levaram
especiarias para o corpo dele. Contudo, quando chegaram, havia algo fora do lugar. As mulheres são muito
atentas aos detalhes, a pedra que fechava o túmulo estava removida (Jo 20.1). No local, havia um anjo com
a notícia mais importante de todos os tempos: “por que buscais entre os mortos o que vives?” (Lc 24.5-6).

1. QUEBRANDO AS PORTAS DO MEDO COM A ESPERANÇA
   As portas estavam fechadas, porém a paz irrompe em graça, Jesus declara aos discípulos: “paz seja
   convosco!” (Jo 20.19-20). As portas fechadas não são um problema para aquele que tem a chave. Jesus
   tem a chave de Davi: a chave de Davi significa o acesso ao Reino de Deus e à vida eterna. A Bíblia revela
   que Jesus é aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abrirá
   (Apocalipse 3.7). Nesse sentido, a figura da chave é símbolo de poder e autoridade.
   O que teria passado pelas emoções de Pedro? Alegria por agora ter certeza que Ele ressuscitou, que
   toda a sua vida não fora lançada fora, mas sim em um Projeto Eterno e Magnífico, a instalação do Reino de
   Deus na face da terra.
2. QUEBRANDO COM A INCREDULIDADE
   A Incredulidade tem a ver com a dureza de coração, Tomé não estava presente quando Jesus
   apareceu aos discípulos, fora informado, porém duvidou (Jo 20.25). Jesus lhes abriu o entendimento para
   finalmente compreenderem que aqueles momentos de sofrimento antecediam o momento de sua Glória (Lc
   24.44-49).
   Marcos 16.6-7 – Curioso que Pedro foi o único discípulo citado pelo anjo do Senhor às mulheres.
   Contudo quando Jesus aparece aos discípulos, dirigiu-se a Tomé, mas, em relação a Pedro, não o citou em
   momento algum. Deve ter difícil para Pedro enfrentar o silencio de Jesus quanto à sua pessoa. O silêncio
   de Deus em uma situação específica de nossa vida possui, às vezes, um tom amedrontador. Porém Deus,
   muitas vezes, usa o silêncio e o silêncio muitas vezes fala mais forte do que uma repreensão dura, ríspida.
3. QUEBRANDO O SILÊNCIO
   Em João 20.2-3, lemos o relato de que Pedro e mais alguns discípulos estavam novamente pescando.
   Nos eventos que encontramos no evangelho de Lucas, aproximadamente três anos antes da crucificação e
   da morte de Jesus, Ele chamou Pedro para ser pescador de homens (Lucas 5.10).
   Um coração cheio de medo e de culpa é ávido a retroceder, creio que os discípulos possuíam
   frustrações a respeito dos acontecimentos da morte de Jesus Cristo. A firma de pescar almas, na
   interioridade dos discípulos, não passava de um fracasso.
   Mas, Jesus tinha planos diferentes. Observe Jo 21.5-11.
4. QUEBRANDO COM A RELIGIOSIDADE
   Pedro, tu me amas? Dois verbos agapaô – amor incondicional e phileô – amor fraternal. Esse foi um
   momento de cura interior na vida de Pedro. Jesus aqui restaura a confiança que Pedro havia perdido. É o
   mesmo que dizer a alguém: eu ainda confio em você, Pedro não retroceda, continue.
   Quando estamos desanimados navegamos pelo mar perigoso e sombrio da religiosidade. Tu me
   amas? Eu gosto de você, porém gostar não é suficiente para pastorear o rebanho de Deus. Deus requer de
   nós compromisso com sua missão, não apenas palavras que tentam massagear o ego de Deus, pois Deus
   não necessita de autoafirmação, pois Ele É! Ele é o Grande Eu Sou, Sou o que Sou!
   CONCLUSÃO
5. A expressão “Paz seja convosco” quebra com o medo;
6. A expressão “Paz seja convosco” quebra com a incredulidade;
7. Jesus quebra com o silêncio para nos tirar da zona de conforto;
8. Quando amamos não apenas afirmamos de forma retórica, mas doamos a nossa vida para o crescimento
   e afloramento do Reino de Deus. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a
   sua vida por amor de mim, achá-la-á (Mateus 16.25).