2025 – É TEMPO DE ALIANÇA
NA ESTAÇÃO DA ALIANÇA, FRUTIFICAMOS.
INTRODUÇÃO
Este texto retrata uma figueira. A figueira é um tipo de árvore bastante comum na Palestina. Essa árvore tem uma característica bastante peculiar: os seus frutos aparecem antes das folhas. Sendo assim, seria razoável que ao se deparar com essa figueira repleta de folhas Jesus encontrasse nela frutos.
Naquela época, pegar fruto numa árvore e comer era uma forma muito simples de matar a fome.
A figueira infrutífera, mas com muitas folhas, era um engodo, um engano, uma mentira. Ela atraía aqueles que tinham fome, mas não os alimentava. Aqueles que se achegavam a ela podiam no máximo desfrutar de sua sombra.
1.A ESTAÇÃO DA ALIANÇA
1.1. A figueira é uma árvore comum em países quentes. Algumas espécies atingem a altura de nove metros. Passa o tempo de frio sem folhas; brotando, na Palestina, em fevereiro ou março.
1.2. O vento derruba a maior parte dos figos; os que amadurecem são os “figos temporãos” (Mq 7.1; Na 3.12)
1.3. A grande colheita vem depois, em agosto ou setembro ‘os figos serôdios’. A nação de Israel adotou a figueira como árvore símbolo. A figueira brotando (pode representar a nação judaica que nasce na Palestina, e controla a cidade onde esteve situado o Templo, após o período de dois mil anos) é a peça chave do quebra-cabeça profético, que ora se encaixa em seu lugar, possibilitando o encaixamento de muitas outras peças (nações) vizinhas.
1.4. Dentro do aspecto de nossa teologia, entendemos que se revela, neste texto, a Divindade de Jesus, pois a sua autoridade está na terra e nos céus, assim sendo como acalmou a tempestade: “E tomados de grande espanto, perguntavam uns aos outros: ‘Mas quem é este, a quem o próprio vento e o mar obedecem?’” (Mc 4:41).
1.5. Creio que este evento foi um sinal dado por Jesus sobre o fim da aliança exclusiva entre Deus e os judeus. Sob este ponto de vista, a árvore seria uma metáfora para a nação judaica, que teria uma aparência externa grandiosa (as folhas – sombras de uma filosofia religiosa), mas não estava mais produzindo nada para a glória de Deus (a falta de frutos). Essa interpretação está ligada à Parábola da Figueira Estéril (Lc 13:6-9).
2.ESTAÇÃO DA FRUTIFICAÇÃO
2.1. F.F. Bruce afirma que as figueiras produzem ‘taqsh’ antes da estação se elas forem produzir frutos na época certa. Como esta não produziu, era um sinal de que ela não iria produzir fruto nenhum naquele ano.
2.2. Quantas vezes ficamos tão preocupados com o glamour, folhas, sombra (descanso – vivemos a geração mais indisposta e sonolenta de todos os tempos e épocas), filosofias, inventos humanos, sabedoria passageira, lisonjeados com as coisas temporais e nos esquecemos que a figueira possui um objetivo. Qual o objetivo de qualquer árvore frutífera? Jesus afirma em João 15: 8: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.
2.3. A frutificação é a razão da árvore denominada frutífera; somos árvores frutíferas na Casa de Deus, que espera de nós frutificação.
3.A ESTAÇÃO DA RESPONSABILIZAÇÃO PROFÉTICA
3.1. Quando Jesus Cristo esteve aqui, viveu uma vida sem pecado e fundou a ‘igreja’, e não uma denominação: ‘… e sobre esta pedra edificarei a minha igreja …’ (Mt 16. 18).
3.2. São incontáveis as placas denominacionais (nada contra), mas a igreja é só uma. Assim como Salomão teve muitas mulheres (uma questão política da época), somente amou a Sunamita. Jesus ama a Igreja. Com todo respeito às placas denominacionais, mas Jesus Cristo virá buscar NÃO OS CNPJs e PLACAS, mas sim a igreja.
3.3. O povo que vive na dimensão da Nova Aliança, em “Vida Santa”. Sem reconhecimento? Sim. Criticados? Sim. Mas afastados do mundo, vivendo piedosamente para Cristo. “Agora, porém, o ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas superiores” (Hb 8:6).
3.4. Muitas pessoas querem viver da sombra da figueira, porém somos convidados a frutificarmos. A sombra representa descanso, tempo do lúdico, Jesus no chama à frutificação, pois vivemos um tempo profético. Estamos no estágio último e precisamos de cumprir a nossa missão.
3.5. Isso ajuda-nos a entender que, quando Jesus viu essa figueira específica, em fins de março, embora não fosse a época para que as figueiras tivessem figos maduros, também não era a época para que as figueiras tivessem folhagem exuberante. O fato da árvore ter folhas, mostra que estava madura fora de época. Portanto, se tinha folhas deveria ter também frutos.
3.6. Nessa passagem, Jesus claramente queria nos falar a respeito de Israel, que naquele tempo já deveria ter frutos, mas que apenas desenvolveu um sistema de doutrinas e leis infrutífero. Fazia sombra para quem estivesse perto, mas não podia alimentar ninguém, pois não tinha frutos.
CONCLUSÃO
1. Creio que estamos na Estação da Aliança, pois este é o tempo, não apenas da Igreja, mas sim de Ser IGREJA;
2. “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (II Tm 4:2).
3. A maldição foi lançada sobre a figueira não por ela ser estéril, mas sim por ser falsa. Somos a Igreja de Cristo nesta cidade e neste lugar existem frutos para alimentar todos os bairros desta cidade. Que Deus nos abençoe neste Tempo de Alinça, o qual é Tempo também de Frutificação.