Episódio IX – “TESTEMUNHANDO A CRISTO”
Texto Base: At 19:1-7
INTRODUÇÃO:
É necessário ao Discípulo/a ser batizado com Espírito Santo? Chamamos este momento vivencial da fé de Segunda Benção. É necessário recebermos a Segunda Benção? Paulo, quando voltou a Éfeso, encontrou 12 homens que se diziam “discípulos” de Cristo, mas cuja vida devocional, relacional com o Cristo da Fé ainda era insuficiente. O Apóstolo Paulo, sem palavras retóricas, foi logo ao ponto: “Recebestes já o Espírito Santo quando crestes?” (Atos 19:2)
Algo que me impressiona são os detalhes deste capítulo 19 de Atos. Não é sem razão que o apóstolo Paulo aparece, tendo encontrado discípulos de João Batista em Éfeso. Estes ainda estavam na dispensação de João Batista. Encontravam-se na fotografia histórica, vivencial do Jordão. Será que temos crentes, em nossa Igreja, que ainda não conseguiram sair das margens do Jordão? Ainda só conhecem, como aqueles, o Batismo de Arrependimento… Quantas pessoas em nossos dias pensam que apenas membrar-se em uma Igreja é suficiente, ter uma vida com Deus, baseada em culto público semanal, é suficiente; porém à luz deste texto das Escrituras Sagradas, nunca foi e jamais será suficiente! Deus requer que mergulhemos em seu “rio de vida”. O batismo com o Espírito Santo é vital para que a graça de Deus superabunde na vida e missão da Igreja.
1.1. Por que a pergunta de Paulo é concernente ao Batismo? O Batismo não é o ultimo degrau da fé; pelo contrário, é o primeiro estágio! Nós hoje inventamos muita coisa para que pessoas cheguem ao Batismo. O Batismo não é o lado de dentro da “Casa Espiritual”, mas sim o lado de fora. O Arrependimento é algo vivenciado às margens do Jordão, no estágio que denominamos aqui, de João Batista (Mt 3:1-12).
1.2. Dentro de nossa doutrina, o arrependimento é o Alpendre de nossa “Casa Espiritual” , é o lado de fora, é a declaração de fé, para que as pessoas saibam que uma irrupção de graça, de poder, de virtude está saindo das nossa entranhas. Agora, eu não posso ficar apenas fora; preciso de entrar nesta “casa espiritual”! Aí sim, chegamos à justificação por Cristo. Se fomos justificados, nada nos impede de sermos batizados. Você já foi batizado nesta fé?
1.3. O Livro de Atos aponta que o batismo é símbolo de uma experiência espiritual. Nos relatos de Atos de 1 a 10, contemplamos um período de transição entre o ministério dos apóstolos aos judeus e seu ministério aos gentios. Durante esse período de transição, as “chaves do Reino” foram utilizadas para abertura (Mt 16:19) e abriu-se a porta da fé ao judeus (At 2), aos samaritanos (At 8:1) e, por fim, aos gentios (At 10).
2. TESTEMUNHANDO A CRISTO POR MEIO DA BUSCA DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL
2.1. Estes homens já haviam professado Jesus como Senhor e Salvador, porém continuavam no “Alpendre da Casa”. Já pensou, você chegar à Igreja e o ministério de recepção falar: Por favor fique aqui do lado de fora, no hall de entrada, pois é melhor para você. Como você se sentiria? A “Casa Espiritual” é o lugar de intimidade. A Santificação se inicia na intimidade com o Espïrito Santo. Por isso precisamos de experimentar a plenitude do Espírito em nossas vidas. Precisamos de estar no interior desta “Casa Espiritual”.
2.2. Paulo batizou “uns doze” no Nome de Cristo, e, impondo-lhes as mãos, viu-os sendo cheios do Espírito Santo, profetizando e “falando línguas”. Daí, por três meses, Paulo disputou com os judeus e prosélitos na sinagoga, certamente com o grupo dos doze convertidos, que chamou à parte quando da resistência judaica, para ensinar-lhes diariamente a Sã Doutrina na escola de Tirano (Sala de Conferências de um erudito grego).
2.3. Ensinou lá por cerca de dois anos, instruindo os doze e atraindo crescente interesse dos gregos e dos judeus de toda a região. Sua presença em Éfeso culminou em uma série de milagres de curas e de expulsões de demônios, ao ponto de exorcistas ambulantes tentarem exorcizar, sem sucesso, “no nome de Jesus, a quem Paulo prega” (At 19:14-17).
3. TESTEMUNHANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO
3.1. O acontecimento de maravilhas efetuadas através do apóstolo teve por clímax uma autêntica comoção popular, de arrependimento geral de feiticeiros e o acúmulo, seguido de fogo, de montante extraordinário de livros e artefatos mágicos. Estabelecida uma consistente igreja efésia, retirou-se de lá (At. 19:11-13).
3.2. Esses “doze de Paulo” são a base simbólica da Missão aos Gentios, porque alcançados desde o epicentro do paganismo, como os Doze de Cristo aos judeus e desde o coração do judaísmo. Os “doze de Paulo” formaram o núcleo sólido de anciãos para o qual o apóstolo se voltou por vezes, fazendo questão de ver numa última ocasião, quando se despediu (At 20:36-38).
3.3. Deus quer levantar os seus 12 para ganhar esta cidade. Sabemos que o número 12 simboliza, nas Escrituras, Governo Estabelecido de Deus. Creio que, por intermédio de nossas células e da devida capacitação por meio do TLAIM (nosso sistema de capacitação para os ministérios e células), iremos gerar em Deus homens e mulheres cheios/as do Espírito Santo para ganhar esta cidade para Jesus Cristo: são 123 bairros e uma missão! “Nisto todos conhecerão que sois discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Joao 13:35).
CONCLUSÃO
1. Aquilo que Deus fez àqueles 12 homens, nós cremos que Deus fará na vida e missão de nossa Igreja.
2. A Dra Carolyn Moore, agora Bispa da Igreja Metodista Global dos Estados Unidos da América, afirmou na Conferência Geral em Costa Rica: “Não adianta uma organização humana, um código de disciplina aprovado e até mesmo milhões de dólares de investimento em missões, se não houver o batismo do Espírito Santo em meio à Igreja de Cristo”.
3. Todos os que se converteram no Ministério de Paulo em Éfeso receberam o dom do Espirito Santo: “Quando vocês ouviram a Palavra da Verdade, o evangelho da sua salvação, e creram nele, foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua Glória” (Ef 1:13-14).