LIÇÕES

Guia para Células 16-11

De 16 November à 22 November 2025

SÉRIE: LIVRAI-NOS – VENCENDO COM CORAGEM E ESPERANÇA

VII EPISÓDIO – “LIVRAI-NOS” É UM CONVITE À ORAÇÃO

Texto base: Mateus 6:9-13

INTRODUÇÃO
A oração tem uma importância central e vital no protestantismo histórico, sendo vista não como um ato de mérito para obter a salvação, mas como um exercício essencial de fé, submissão, gratidão e comunhão pessoal com Deus. A oração é o principal meio de comunicação e relacionamento consciente do cristão com Deus, um fruto da justificação somente pela fé (Sola Fide) e da graça (Sola Gratia). Decorrente do sacerdócio universal de todos os crentes, a oração é um privilégio e dever de cada indivíduo, sem a necessidade de intermediários clericais. Cada cristão pode se achegar diretamente a Deus por meio de Cristo (Solus Christus). Os reformadores enfatizam a oração como uma ordem bíblica. Martinho Lutero chegou a declarar que “Aquele que não ora deve saber que não é cristão e não pertence ao reino de Deus”. A oração é vista como uma necessidade espiritual, não uma opção. A Oração amplamente conhecida como do “Pai Nosso” é um modelo de como orar, ensinado por Jesus, que expressa a relação de filiação com Deus, a submissão à Sua vontade e a confiança nas Suas provisões. Ela contém sete pedidos divididos em duas partes: três para a glória de Deus (santificação do Seu nome, vinda do Seu Reino, realização da Sua vontade) e quatro para as necessidades humanas (sustento, perdão, livramento das tentações e do mal). A Oração do “Pai Nosso”, poderia ser chamada, de forma mais apropriada, de “Oração dos Discípulos”. Jesus não deu essa oração apenas para ser memorizada e recitada determinado número de vezes para pagamento de penitência. Pelo contrário, deu essa oração para evitar que usássemos de vãs repetições. Jesus não disse: “orem com essas palavras”, mas sim: “orem desta forma”, ou seja, “usem esta oração como um modelo, não como um substituto”.

I. A CENTRALIDADE DA GLÓRIA DE DEUS (V. 9-10)
1.1 O propósito do número 1 desta oração é glorificar o nome de Deus e pedir ajuda para que realizemos a Sua vontade aqui na face da terra. Sabemos que por nós mesmo não podemos executar o bem: “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo” (Rm 7:18-19).

1.2. É importante observar que todos os pronomes da oração estão no plural, não no singular (“PAI NOSSO”). Ao orar precisamos de lembrar que somo parte da Família de Deus, construída de cristãos/ãs em todo o mundo. Nossa oração não pode ser fonte de mal a outro membro do corpo. Quando oramos à luz da vontade de Deus, sempre a resposta que nos abençoa, abençoa também outros membros desta Grande Família. MIshpaha – é a palavra em Hebraico para Grande Família (מִשְׁפָּחָה). “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes me vosso deleite” (Tg 4:3). “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”

1.3. Aqui, Jesus nos ensina a priorizar a glória de Deus em nossas orações. A santificação do Seu nome, a vinda do Seu Reino e a realização da Sua vontade são pedidos que colocam Deus em Seu devido lugar. Quando nos aproximamos de Deus com essa mentalidade, estamos reconhecendo Sua soberania e autoridade sobre nossas vidas.

  • Santificação do Nome de Deus: Devemos buscar a honra e a glorificação do nome de Deus em todas as áreas de nossas vidas.
  • Vinda do Reino de Deus: Ansiamos pelo dia em que o Reino de Deus será plenamente estabelecido na terra, assim como é no céu.
  • Realização da Vontade de Deus: Buscamos a perfeita submissão à vontade de Deus, reconhecendo que Ele é o único que sabe o que é melhor para nós.

II. A DEPENDÊNCIA DE DEUS PARA AS NOSSAS NECESSIDADES (V.11)
2.1. “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”.

2.2. Aqui, Jesus nos ensina a depender de Deus para as nossas necessidades básicas. O pão diário representa tudo o que precisamos para viver, incluindo alimento, saúde, proteção e provisão. Ao pedir a Deus o pão de cada dia, estamos reconhecendo nossa dependência Dele e confiando em Sua provisão.

  • Confiança em Deus: Devemos confiar em Deus para suprir todas as nossas necessidades, sabendo que Ele é fiel e capaz.
  • Gratidão: Devemos ser gratos a Deus por tudo o que Ele faz por nós, reconhecendo que tudo vem de Duas mãos.

III. O Perdão e a Libertação do Mal (v. 12-13)
3.1. A genuína oração é assunto de família; se não conseguimos entendimento entre os membros da própria casa, como poderemos ter um bom relacionamento com o Pai. O genuíno amor a Deus passa pelo bom relacionamento com os nossos irmãos (I Jo 4)

3.2. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal”.

3.3. Aqui, Jesus nos ensina sobre a importância do perdão e da libertação do mal. Devemos buscar o perdão de Deus para nossas falhas e também perdoar aqueles que nos ofenderam. Além disso, devemos pedir a Deus que nos livre do mal e das tentações que nos cercam.

  • Perdão: Devemos buscar o perdão de Deus e também perdoar aqueles que nos ofenderam.
  • Libertação do Mal: Devemos pedir a Deus que nos livre do mal e das tentações que nos cercam.

CONCLUSÃO
1. A Oração do “Pai Nosso” é um modelo divino que nos ensina a orar de forma eficaz e dependente de Deus. Ao refletirmos sobre esses três pontos fundamentais, podemos nos aproximar de Deus com uma mentalidade de adoração, dependência e confiança. Que possamos aplicar esses princípios em nossas vidas diárias, buscando a glória de Deus em tudo o que fazemos.

2. Deus quer nos ajudar a fazer a Sua vontade aqui na terra, mas Ele faz isso por intermédio de nossa intimidade com Ele, e isso se dá pela oração.

3. O mais importante em uma oração não é simplesmente obter uma resposta, mas ser o tipo de pessoas a quem Deus pode confiar uma resposta.

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