LIÇÕES

Guia para Células 17-11-24

De 17 November à 23 November 2024

VOLUNTÁRIO? NÃO! CHAMADO? SIM!

EPISÓDIO VI – Último Episódio

UMA COMUNIDADE DOCENTE

INTRODUÇÃO

Não somos e nunca seremos uma comunidade doente, mas sim docente. Docência refere-se à categoria de pessoas estão envolvidas no ensino de uma doutrina cristã; que ensina os preceitos, normas, princípios ou regras na perspectiva da fé. A Palavra do Eterno afirma: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Oséias 4:6).

1.​UMA IGREJA QUE ENTENDE A SUA VOCAÇÃO

1.1. ​A Igreja é chamada ao serviço, porém o serviço só poderá ser executado com maestria, com excelência se a mesma primar pelo ensino.

1.2. ​Somos vocacionados a ser ensináveis; assim sendo, poderemos praticar com excelência o bem. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10).

1.3.​ A palavra até aparece traduzida do hebraico e do aramaico para o grego do Novo Testamento como didáskalos; Didáskalos aparece 48 vezes e rabbi 18 vezes, só nos evangelhos. É uma faceta de Jesus pouco atendida e entendida.

1.4.​ Entendemos que tanto apóstolos como profetas eram mestres. Assim sendo, o serviço pastoral está diretamente atrelado ao “dom do ensino”. “E Deus colocou alguns na igreja, primeiro apóstolo, em segundo lugar, profetas, em terceiro, mestres, depois milagres, depois, dons de curar, de ajudar, de governar, de diversidades de línguas” (I Co 12:28). 

1.5. I Corintios 14: 26 diz: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem outra língua, tem revelação, tem interpretação”. Doutrina – Didaquê- ensino, a Igreja é Kerigmática – proclamadora das Grandezas de Deus. Como posso falar das grandezas de Deus se eu não sou ensinável?

2.  UMA COMUNIDADE PASTOREÁVEL

2.1. No Grego a palavra pastor seria “poimén”. Pastor é, na verdade, aquele que apascenta. Apascentar significa, conduzir à paz (pacificador) ou a pastos. Neste caso, é aquele que cuida, alimenta e protege as ovelhas de bestas feras, como lobos devoradores. Na perspectiva do evangelho, pastor é o responsável por cuidar do rebanho e entregá-los a Cristo, em segurança, na sua volta gloriosa!

2.2.  Uma comunidade pastoréavel é ensinável. Cabe  ao pastor: “Suplico, portanto, aos presbíteros que há entre vós, eu que sou também presbítero como eles, testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo e, certamente, co-participante da glória que há de ser plenamente revelada: pastoreai o rebanho de Deus que está sob vosso cuidado, não por constrangimento, mas voluntariamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como ditadores daqueles que vos foram confiados, antes, tornando-vos exemplos do rebanho. Ora, assim que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imperecível coroa da glória!” (I Pedro 5: 1-7).

2.3. A Palavra de Deus oferece proteção e provisão para a Igreja Local, e não há entretenimento, comunhão ou qualquer outra atividade religiosa que possa tomar o seu lugar.

2.4. Nossa Igreja tem um carinho muito especial pela Escola Dominical, porém uma comunidade em discipulado crê na Macro Pedagogia – existem vários espaços de crescimento na vida da Igreja – células, cultos, curso diversos,  Treinamento de Liderança Avançado da Igreja Metodista (TLAIM) – que é o responsável pela formação de líderes de ministérios, líderes de células e demais lideranças na vida e missão da Igreja. A partir do crescimento e afloramento nos primeiros séculos de nossa era, analisamos a organização da Igreja tendo como prisma a missão. Assim sendo, o ensino passa a ser tarefa de “homens dotados” já investidos de ofícios específicos nas comunidades de fé; assim, vemos a sistematização da vida e missão da Igreja para que a mesma seja instrumentalizada na dinâmica da missão.

3. UMA COMUNIDADE QUE RECONHECE O DOM DO ENSINO

3.1. Apolo era natural de Alexandria (At 18.24), cidade considerada o centro educacional da época. Cremos que, por ter crescido nessa cidade, “recebeu formação de nível universitário em retórica”. Em Atos 18.24, é qualificado como um professor culto e com grande conhecimento.

3.2. Sendo instruído nos “caminhos do Senhor”, conforme relatado em Atos 18.25, possuía um grande nível de conhecimento, era considerado “eloquente” e hábil orador.

3.3.  O ensino de Apolo estava alicerçada na pessoa bendita de Jesus Cristo, ensino que fazia diligentemente (At 18:25). Conhecendo somente o batismo de João Batista, ministrava com poder e autoridade dada pelo Espírito Santo. Por este motivo, Priscila e Áquila, ao ouvirem sua mensagem, convidaram-no para sua casa. O propósito desta visita era ensinar-lhe sobre tudo que havia acontecido com Jesus, passando pela Sua vida, morte e ressureição (At 18.26). Quando Apolo compreendeu os desígnios de Cristo e “o caminho de Deus”, foi muito bem-sucedido em seu ministério.

3.4. Em Corinto, capital de Acaia, Apolo dá continuidade à seu ministério e, conforme é descrito no livro de Atos, foi um grande obreiro útil à igreja. Sua paixão e eficiência é lembrada por Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios. “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.” (1Co 3:6).

CONCLUSÃO

1.​ Somos vocacionados a crescer mais e mais na perspectiva do ensino.

2.​ Uma Comunidade que ouve o seu pastor, cresce na dinâmica do Reino de Deus.

3.​ Apolo viajou pelas regiões da Acaia e seguiu rumo a Corinto (Atos 19:1), onde ele “regou” o que Paulo havia “plantado” (I Coríntios 3:6). É importante lembrar-se disso ao estudar a primeira epístola para Corinto. Apolo, com seus dotes naturais, atraíra seguidores da igreja em Corinto, mas a simples admiração estava se tornando divisória. Contra os desejos de Apolo, havia uma facção em Corinto que o reivindicou como seu mentor espiritual, com a exclusão de Paulo e Pedro. Paulo lida com esse partidarismo em I Coríntios 1:12-13. Cristo não está dividido e nem devemos ser instrumentos de divisão, mas sim de sinergia. Não podemos amar a personalidade acima da verdade.

4. A última menção de Apolo na Bíblia está na carta de Paulo a Tito: “Encaminha com diligência Zenas, o intérprete da lei, e Apolo, a fim de que não lhes falte coisa alguma” (Tito 3:13). Obviamente, Apolo estava a caminho de Creta (onde Tito estava) naquele momento. E, também obviamente, Paulo ainda considerava Apolo um valioso colaborador e amigo. Prepare-se, pois: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).

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