LIÇÕES

Guia para Células 18-08-24

De 18 agosto à 24 agosto 2024

Episódio III – FERRAMENTAS ESPIRITUAIS

I Co 12:1-11

INTRODUÇÃO:

Os dons espirituais são ferramentas com as quais o Espírito Santo mune a igreja, através de cada um de seus membros, para o cumprimento de sua missão cooperativa: a grande comissão (Mt 28:19-21). No momento em que os membros da igreja experimentam o discipulado de Cristo, também assumem a missão de Cristo. Temos enfatizado que líderes humanos não possuem a VISÃO, pois a Visão é de Deus. Agora, a tarefa, o trabalho, a missão é da Comunidade de Fé e Serviço.

Cada um precisa descobrir seu lugar no corpo de Cristo, identificar quais as ferramentas que Deus lhe concedeu para realizar a sua parte no cumprimento da grande comissão. Creio que todo cristão recebe pelo menos um dom espiritual, uma ferramenta de trabalho no ministério. Também é verdade que, para todos aqueles que receberam tal ferramenta, há um plano de ação, um projeto traçado para a execução de algum serviço. Não podemos colocar as “ferramentas espirituais” em um acrílico para que as mesmas sejam apenas uma peça para ser apreciada.

Não teria sentido Deus municiar qualquer um com uma ferramenta e depois o orientar a não usá-la por não ter nenhum plano específico para aquela pessoa de posse de tal ferramenta. Com certeza Deus não muniria ninguém de um dom espiritual sem que tivesse um propósito claro.

  1. AS FERRAMENTAS SÃO DADAS PARA O BENEFÍCIO DO CORPO.

1.1.     Temos usado sempre a figura de linguagem: “A Igreja não é um ‘fusca’, mas sim um ‘Transatlântico’. Assim sendo, as mudanças não podem ser feitas de qualquer forma; a mudança é processual e precisa ser realizada sob a direção e na unção do Espírito Santo;

1.2.     Os dons são ferramentas espirituais para benefício de toda a comunidade de fé. Não são para o usufruto individual, mas para uso corporativo. A Comunidade Cristã em Corinto necessitava sempre de ser lembrada disso, pois era comum o uso dos dons espirituais de maneira simplista e meramente egoísta. Muitos utilizam para autopromoção, não para edificação do Corpo Vivo de Jesus Cristo.

1.3.     Quando usamos estas ferramentas espirituais com humildade, podemos ser fonte de resposta, de bênçãos, de graça, de unidade para a Igreja em seu todo.

1.4.     Os diversos dons são citados em Ef 4:11, Romanos 12:6-8 e neste texto de I Coríntios 12:1-11. Quando combinamos essas listas, encontramos 19 dons e encargos diferentes para a vida e missão da Igreja.

2.  CLASSIFICANDO OS DONS

2.1.     Os dons são: Dons Vocais: Profecia, Variedade de línguas e Interpretação de línguas. Dons de revelação: Palavra de sabedoria, Palavra de conhecimento e Discernimento de espíritos. Dons de poder: Fé, Dom de cura e Operação de maravilhas. Porém, é importante lembrar que essa divisão não é algo que encontramos na Bíblia.Isso é apenas uma forma de organizar os dons espirituais para estudarmos e compreendermos melhor para o que eles servem.

2.2.     Eu, particularmente,  não ligo a ‘Segunda Bênção ’ ou ‘Batismo com Espírito Santo’ à manifestação do dom de línguas, O mesmo é classificado como ‘dom menor’ (I Co ). A ‘Segunda Bênção ’ é um acontecimento que se dá no processo de Santificação. A Perfeição Cristã é o nosso alvo, porém só a conseguiremos  de forma completa na Igreja Triunfante. No aqui e agora,  experimentamos pontos, marcas de perfeição na dinâmica da manifestações do Espirito Santo em nós e através de nós. Em Efésios 5:18-20, a Perfeição Cristã, a Plenitude do Espírito é relacionada ao controle do Espírito Santo em nossas vidas. As experiências são pontuais, mas a submissão a Cristo e à Igreja necessita ser contínua.

2.3.     O Dom de Línguas é um dom de oração (pessoal e comunitário), que se segue imediatamente ao derramamento do Espírito Santo em Pentecostes (At 2, 1-4). Foi a primeira manifestação do Espírito Santo: “Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo concedia-lhes que falassem”.

3. ENTENDENDO OS DONS VOCAIS

3.1.     Variedade de línguas, Interpretação de línguas e Profecias.

3.2.     Variedade de línguas – Este dom de fala é muito conhecido pelos pentecostais. Porém, ele não se resume somente a falar em línguas estranhas. O dom de variedade de línguas é, como o nome diz, para falar outras línguas. O fato de você não saber o que está sendo dito, não impede que este seja um idioma falado em outro local. Vemos isso claramente em Atos 2, no dia de Pentecostes, quando os discípulos foram batizados e falaram em outras línguas.

3.3.     Embora a língua fosse estranha para eles que estavam dizendo, os outros judeus ali presentes que eram de países diferentes entenderam tudo o que eles falaram — mesmo sem possuir o dom de interpretação. Temos como princípio que eram ‘línguas interpretativas’. Na torre de Babel em Gêneses 11:1-9, houve grande confusão, todos falavam o mesmo idioma, porém o propósito como era contrário aos desígnios santos, Deus desceu e confundiu a todos (Gn 11:7-8).

3.4.     Ou seja, o dom de variedade de línguas serve para falar qualquer língua, seja ela o que muitos chamam de “língua estranha” ou “língua dos anjos”, ou uma outra língua, um outro idioma.

3.5.     Interpretação de línguas- Este dom, como o próprio nome já diz, é quando ocorre a interpretação daquilo que está sendo dito por outra pessoa que se manifesta através do dom de variedade de línguas. O interessante é que a Bíblia diz que, somados, os dons de variedade de línguas e o de interpretação de línguas são semelhantes ao dom de profecia — como podemos ver em I Co 14:5.

3.6.     E por último, a melhor forma de explicar este dom é: uma fala por meio de uma inspiração de Deus. Este dom geralmente funciona como confirmação de algo que a gente já sabe. Ele serve para três propósitos específicos: EDIFICAÇÃO, ENCORAJAMENTO E CONSOLAÇÃO

3.7.     Eu creio que o dom de profecia é um dos dons mais comuns, embora as pessoas não o valorizem tanto, já que ele não é tão chamativo quanto operar milagres ou falar outras línguas.

Mas Paulo dá o devido reconhecimento para esse dom quando fala aos coríntios em I Co 14.

CONCLUSÃO

1.        É importante que a Igreja tenha o devido entendimento sobre essas ferramentas altamente necessárias para o dia a dia da missão.

2.        O Culto Público é local da manifestação da Graça de Deus e crescimento. Cremos piamente que o Espírito Santo governa todos os atos da vida e missão da Igreja genuína de Cristo.

3.8.     Que tenhamos uma Comunidade Profética que exerça seu papel de: EDIFICAÇÃO, ENCORAJAMENTO E CONSOLAÇÃO

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