SÉRIE: LIVRAI-NOS – VENCENDO COM CORAGEM E ESPERANÇA
III EPISÓDIO – “LIVRAI-NOS” LEVA-NOS A PENSAR QUEM SOMOS
TEXTO – BASE: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Vós que outrora não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; não tínheis alcançado misericórdia, mas agora tendes alcançado misericórdia.” (I Pedro 2:9-10)
INTRODUÇÃO
A Bíblia nos ensina que Deus é um Pai amoroso e poderoso, sempre pronto a ajudar e proteger Seus filhos. vejo um mundo cercado por medo, desilusões e fracassos; muitas vezes, vivemos tudo isso por desconhecimento de quem realmente somos diante do Eterno. Deus nos fala claramente por intermédio de sua Palavra:
– Romanos 8:28: “E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
– Filipenses 4:7: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.”
– Mateus 6:33: “Mas busquem primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhe serão acrescentadas.”
Essas promessas nos dão segurança e confiança de que, não importa o que enfrentemos, Deus está conosco e trabalhará para o nosso bem. No entanto, é importante lembrar que a liberdade e as escolhas humanas também desempenham um papel nas experiências da vida. Deus pode não “livrar” sempre os Seus filhos de todas as dificuldades de maneira imediata ou como a pessoa espera. Mesmo assim, Ele sempre está presente, oferecendo amor, força e orientação na jornada, mesmo que a situação seja desafiadora.
1. “LIVRAI-NOS” NOS LANÇA AO ENTENDIMENTO DE IDENTIDADE
1.1. Acesso direto a Deus: Diferente do Antigo Testamento, onde apenas uma classe específica de pessoas podia servir como sacerdote, na Nova Aliança, todos os cristãos são sacerdotes reais, permitindo acesso direto a Deus em nome do Evangelho.
1.2. Os filhos/as têm a função de interceder uns pelos outros e pelo mundo, como representantes do Reino de Deus.
1.3. Mudança radical: A morte de Jesus na cruz estabeleceu um novo sistema onde não é preciso nascer fisicamente para o sacerdócio; é um status espiritual obtido ao receber Cristo. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (I Jo 3:1-2).
1.4. A visão plena de identidade me Cristo nos concede:
1. Autoconhecimento: Entender quem somos e o que nos define.
2. Propósito: Saber por que estamos aqui e o que devemos fazer.
3. Pertencimento: Sentir conexão com algo maior que nós mesmos.
4. Confiança: Ter segurança em nossas crenças e valores.
5. Direção: Saber como agir e tomar decisões.
6. Relacionamentos saudáveis: Construir vínculos significativos com os outros.
2. “LIVRAI-NOS” NOS FAZ ENTENDER O PROPÓSITO
2.1. Havendo entendimento pleno de quem somos, ficamos cientes de que somos pertencentes ao novo Israel, o apóstolo passa a esboçar alguns princípios que governam a vida dos filhos/as de Deus;
2.2. Os dois ofícios, o de rei e o de sacerdote, eram zelosamente conservados separados um do outro, em Israel (II Cr 26:16-12);
2.3. Cristo é sacerdote entronizado rei (Zc 6:13) e todos quantos o seguem são reis e sacerdotes para Deus.
2.4. O Rei possui claramente:
– Autoridade e governo sobre o povo.
– Responsabilidade no estabelecimento de leis e na justiça.
– Liderança política e militar.
– Representatividade da autoridade divina no governo.
2.5. O Sacerdote possui como característica:
– Intermediação entre Deus e os seres humanos.
– Oferece sacrifícios e orações em favor do povo.
– Ensina e interpreta a lei de Deus.
2.6. No caso de Jesus Cristo, Ele é descrito com o “Rei dos Reis” (1 Timóteo 6:15) e também como o “Sumo Sacerdote” (Hebreus 4:14-15). Ele une ambos os ofícios, exercendo autoridade divina e oferecendo-se como sacrifício pelos pecados da humanidade.
2.7. Nosso propósito como Igreja de Deus: “E, se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17).
2.8. “E para o nosso Deus nos tornamos reino e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra” (Ap 5:10). Como Jesus e por intermédio da Cruz, recebemos desta graça para, juntamente com Ele, reinarmos.
2.9. Temos como propósito: “…anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa LUZ” (I Pe 2:9b).
3. “LIVRAI-NOS” NOS LANÇA ENTENDIMENTO DE DESTINO
3.1. Como é difícil caminhar em uma longa estrada sem saber pontos básicos: Onde eu estou, o que estou fazendo aqui e para onde é o meu destino?
3.2. Infelizmente, muitos cristãos/ãs estão fora de estrada, à margem, sem acesso ao GPS de Deus, que é o Projeto de Deus para toda a humanidade.
3.3. Somos a Nação Santa – uma multidão de pessoas de mesma natureza, adquirida para viver a eternidade com Cristo, pois Ele reinará conosco pelos séculos dos séculos.
CONCLUSÃO
1. “Livrai-nos” não é apenas uma expressão que traduz pedido de socorro em meio às adversidades da vida: é o viver a filiação e a identidade em Deus;
2. “Livrai-nos” é estar na dimensão de entender e nosso propósito como reis e sacerdotes.
3. Somos parte desta nação santa, uma multidão que vive a história e que também viverá a trans-história com Cristo.