LIÇÕES

Guia para Células 24-03-24

De 24 maro à 30 maro 2024

EPISÓDIO VI – UM NOVO TEMPO A PARTIR DA CASA Êxodo 12: 1-14

Introdução: O nome que a Bíblia Hebraica usa para denominar “páscoa” é pesah. Com a palavra pesah, o texto bíblico quer significar duas coisas: 1. O ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48); 2. A vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).

Na Bíblia, o nome de uma pessoa ou instituição é sempre um dado importante para se conhecer o que são e o que representam. O nome não é um simples rótulo, uma etiqueta ou uma fachada publicitária. Ele exprime a realidade do ser que o carrega e o representa. Assim é o nome “páscoa”. O substantivo pesah/páscoa vem da raiz verbal psh que aparece três vezes nos relatos pascais (Ex 12.13,23,27; ler também Is 31.5; 1 Rs 18.21,26). Assim, o verbo pasah passar por cima, saltar por cima é o significado que prevalece nos usos deste termo pelos escritores e escritoras da Bíblia.  “O verbo que dá base ao substantivo pesah tem o sentido de salto, movimento, caminhada, travessia.”

1. SIMPLICIDADE PARA EVOLUÇÃO

Os textos do Antigo Testamento fornecem indicações de que a Páscoa, em suas origens, foi uma Celebração – um culto doméstico que incluía as seguintes características: a atividade era realizada no seio da família ou clã; não havia altares, santuários e sacerdotes – atividade realizada pela família temente a Deus. Era celebrada por pastores nômades ou seminômades; O ato central desta atividade era o sacrifício de um jovem animal do rebanho de cabras e ovelhas. A cerimônia ocorria no fim da primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de lua cheia.

O ritual da celebração pascal incluía as seguintes etapas: retirava-se o sangue do animal; ungia-se a entrada das cabanas com o sangue dele; assava-se a carne; com a carne assada, fazia um grande banquete para a família reunida. O banquete oferecido incluía pães ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto.

A celebração da Páscoa exigia dos participantes desse ritual as seguintes posturas: ter uma atitude de marcha e pressa; usar vestimenta para viagem; ter as vestes amarradas na cintura; atar as sandálias nos pés; ter o cajado de pastor na mão. Parece que o objetivo dessa cerimônia era pedir proteção divina, para a família e o seu rebanho de animais menores contra o exterminador (no hebraico, maxehit – Ex 12.13, 23) ou saqueador, bando de destruição (1 Sm 13.17; 14.15; Pr 18.9). O exterminador “maxehit”pode ser qualquer tipo de agressor, desgraça, enfermidade, peste ou acidente que poderia ocorrer com qualquer membro da família ou com seus animais.

Pergunta: O que a Bíblia representa para você? Você aceita as Escrituras por completo ou só parcialmente?

2. O DEUS DE ISRAEL TEM PRESSA

O povo hebreu ficou 430 anos no Egito: “O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito” (Êxodo 12:40,41). A saída do Egito foi uma iniciativa do próprio Deus, pois o povo sofria, porém estava conformado com a situação que os oprimia (Exodo 3:7). A Celebração da Páscoa tem a ver com um Deus que está com pressa de tirar o povo daquela opressão, porém tudo começa por intermédio de uma “Celebração” no interior da “Casa”. Deus quer nos livrar das pestilências, da opressão, do secularismo e deseja que tenhamos a nossa casa como extensão do seu altar. Pergunta: Como sua família celebra a páscoa?

3. UM DIVISOR DE ÁGUAS NA HISTÓRIA DO POVO DE DEUS

Deus quer reescrever a minha e a sua história. Completaremos, no mês de maio, 140 anos de vida e missão aqui em Juiz de Fora. Bênção demais! Louvamos ao nosso bom Deus por todos aqueles/as que fizeram, trabalharam, doaram-se por esta obra maravilhosa! Deus tem colocado em meu coração que não parou aqui; onde estamos não é a nossa lápide. O que é lápide? Pedra com inscrição, laje sepulcral.

Aqui não é o túmulo do povo chamado metodista, mas um arco que está nos lançando a um salto mais alto, preciso, capaz de nos impulsionar mais longe na dinâmica do Reino de Deus. Existe uma fonte de graça jorrando neste altar para fazer coisas grandes, coisas novas. Deus quer que saltemos. Precisamos pular a trave do comodismo, da religiosidade, da esterilidade espiritual, das conquistas do passado, pois existem novos territórios a serem alcançados para que haja Páscoa. Páscoa não é um ritual morto, sepultado em sim mesmo.

Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele pode fazer o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória do passado salvífico – seja da libertação no Egito, seja da vida e obra de Jesus Cristo – restaura as forças dos/as crentes celebrantes para o testemunho.

Na verdade, a memória carrega o sentido de redenção, seja dos atos salvíficos de Deus, através da história, bem como a redenção das causas justas do passado. Assim, a memória resgata tanto a vida e obra de Jesus como a luta da Igreja para alcançar as nações para Cristo. Pela memória, redimimos o desejo e a luta deles. Assim, se esquecermos os desafios do povo de Deus no Antigo Testamento, os ensinos de Jesus Cristo ou os anseios justos do povo fiel, pomos a perder o sentido desses projetos. A intenção da celebração da Páscoa é afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do passado.

Nos tempos de Jesus, os judeus consumiam vagarosamente a refeição, reclinados em almofadas, dispostas em torno de pequenas mesas de três pernas, a romana (triclinium) Jo 13:23. A primeira refeição de Páscoa foi comida apressadamente, em pé. A comunhão é necessária, porém a missão não espera, por isso Jesus diz que a sua comida era fazer a vontade do Pai, a qual seria fazer um grande colheita (Jo 4:31-35). Pergunta: O que faremos diante da salvação e do cuidado de Deus com as nossas vidas? Vamos guardar só para nós ou vamos compartilhar?

CONCLUSÃO

1. Simplicidade para Evolução – eu creio que Deus quer fazer uma grande obra por intermédio do Oikos (Casas). Deus quer levantar um grande exército por intermédio de uma Igreja em Discipulado;

2. Deus tem pressa! A estratégia de Deus não é apenas urgente, mas sim emergente. A diferença entre urgência e emergência é que a urgência consiste em uma condição de saúde que requer atenção médica imediata, mas não apresenta risco de haver óbito. Já a emergência é uma condição limítrofe entre vida e morte. Deus não nos chama para ficarmos presos aos louros do passado. Deus quer de nós ânimo novo. Precisamos de “elã” para a concretização da missão de Deus.

3. Deus quer nos conceder, neste tempo, genuína Páscoa, divisor de águas entre o ontem e o hoje. Eu creio em um crescimento exponencial da obra de Deus em Juiz de Fora!

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