LIÇÕES

Guia para Células 27-04-25

De 27 April à 03 May 2025

SÉRIE DE MENSAGENS: EU AMO A MINHA CIDADE

VII EPISÓDIO: TOMANDO POSSE DA CIDADE

Texto Base: Ezequiel 16:1-4

INTRODUÇÃO:

A linguagem deste capítulo é uma das mais fortes usadas nas Escrituras. A mensagem é dirigida a Jerusalém, mas refere-se a toda a nação. O capítulo faz uma retrospectiva da história dos judeus desde o “nascimento” (o chamado de Deus para Abraão) até o “casamento” (aliança de Deus com o povo), “prostituição espiritual” do povo idólatra e suas consequências. Sabemos muito bem que Davi conquistou Jerusalém. A cidade era uma cidade jebusita até o século X a.C.

II Sm 5:6-10; I Cr 11:4-9 narram os momentos em que Davi conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (1 000 a.C.). A forma religiosa cananeia era politeísta, com um panteão de deuses e deusas, sendo El o deus supremo e Baal o deus da tempestade e fertilidade. A fertilidade e a vida eram importantes em atos cultuais, com culto a divindades associadas à natureza e à prole. Era comum neste período histórico e dentro da cultura cananeia a práxis de prostituição cultual, como busca incessante pelo sucesso e fertilidade.

1.​O GRANDE AMOR DE DEUS POR TODO O ISRAEL

1.1. ​Neste trecho das Escrituras Sagradas, Israel é desenhada como uma criança indesejada, desprotegida, abandonada e deixada para morrer à míngua. Em seguida, é resgatada pelo Senhor para ter uma aliança semelhante ao matrimônio.

1.2.​ Infelizmente muitos judeus eram extremamente orgulhosos de sua herança espiritual e chamavam os gentios de “cães”, mas o Senhor os lembrou de que eram descendentes dos amorreus e heteus (Gn 10:15-16; Dt 20:17) e que sua grande e majestosa cidade Jerusalém, no passado, havia sido habitada pelos Jebuseus. Estes eram praticantes de toda sorte de pecados abomináveis.

1.3. ​Os amonitas e cananeus adoravam Moloque como uma figura paterna protetora. As imagens de Moloque eram feitas de bronze e seus braços estendidos eram aquecidos em brasa. Crianças vivas eram colocadas nas mãos do ídolo e morriam lá ou eram jogadas em uma fogueira mais baixa. Algumas fontes indicam que a criança também poderia ser “passada pelo fogo” antes do sacrifício real para “purificá-la” ou “batizá-la”. Moloque era adorado no vale de Hinom, perto de Jerusalém. Por esse motivo, o vale passou a ser associado à ideia de Tofete, ou inferno Isaías 30:33; Jeremias 19:12 e Marcos 9:45.

1.4. ​Foi só no tempo de Davi que Jerusalém passou a pertencer aos judeus e tornou-se capital de sua nação (Js 10:5, II Sm 5:6-10).

1.5. ​Além disso, seu reverenciado antepassado, Abraão, era um idólatra que Deus, em sua graça e misericórdia abundante, havia chamado (Js 24:2)! Ao invés de orgulho nacional é necessário arrependimento nacional.

2.​CRIANÇA NECESSITA DE CUIDADO

2.1.​ Deus faz um alerta por intermédio de seu profeta que os pais nem sequer deram à criança o cuidado humano que todo recém-nascido merece. Não lhe cortaram o cordão umbilical, não a lavaram, não esfregaram sua pele com sal e nem a envolveram em faixas para protegê-la do frio e dos insetos.

2.2.​ Sem qualquer critério a lançaram em campo aberto, exposta à intempérie.

2.3. ​O Senhor passou por lá e viu a criança desamparada, apiedou-se dela e a salvou.

2.4.​ “E ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar” (Atos 7:2-3). Esse ato não tem a ver com merecimento, mas sim com graça.

2.5. ​Depois do nascimento, os meus filhos dependeram muito da nossa atenção como casal. Minha esposa e eu tivemos a importante responsabilidade de cuidar de nossos filhos. Regularmente, nós nos levantávamos duas ou três vezes por noite para atender suas necessidades. Troca de fraldas ocupava uma parte significativa de nosso tempo! Todas as nossas energias estavam concentradas neles, pois filhos recém-nascidos não podem fazer nada por si mesmos. Não achamos, porém, que eram um fracasso porque necessitavam de tanta atenção e cuidado.

2.6.​ Semelhantemente, novos membros, mesmo depois do batismo, precisam de cuidado, atenção e amor. Às vezes tropeçam e caem. Necessitam da cálida mão da amizade. Somente a bondade, o cuidado e a solicitude proverão o ambiente que os habilitará a continuar crescendo. Por isso esta igreja possui células, pois cremos que ali é o local exato para o seu crescimento e afloramento espiritual. Uma Igreja que visa ganhar a cidade necessita de cuidar deste expediente de forma responsável.

3.​VIDA ADULTA SEM MATURIDADE É UM PERIGO

3.1. ​A criança cresceu e tornou-se uma jovem pronta para casar. A frase “te engrandeceste”, em Ezequiel 16:7, significa “alcançaste a plena maturidade”. Contudo, quem pretenderia se casar naquele tempo com uma jovem que havia sido abandonada pelos pais? Neste tempo o povo estava no Egito e precisava de remissão. Deus libertou o povo da escravidão e, no Sinai, firmou uma “aliança de casamento” (Dt 32:1-14).

3.2. ​O Senhor lavou-a e vestiu-a com trajes caros e belos, dignos de uma rainha. Nos tempos de Davi e Salomão Jerusalém era uma cidade majestosa, Israel era um Reino Próspero. Enquanto há obediência a Palavra de Deus, guarda da aliança, as promessas se estabelecem com filhos saudáveis, rebanhos férteis, colheitas abundantes e proteções das enfermidades, pestilências e de invasões. O Senhor nunca deixou de cumprir nenhuma de suas promessas.

3.3. ​Quando Jerusalém se torna próspera e famosa, esqueceu-se do Senhor, que havia concedido a ela tamanha graça, glória e reputação abençoadora.

3.4. ​Na adoração aos ídolos, usou-se dos tesouros e bençãos de Deus para servir os deuses mudos (Ez 16:20-21). A Idolatria de Israel era um pecado sério que só foi curado quando a nação passou setenta anos no exílio na Babilônia. “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” (Josué 3:5).

CONCLUSÃO:

1. ​Como com Jerusalém, nós cremos que Deus está tratando com a nossa cidade; neste tempo, ele usa a sua Igreja como Voz Profética. Segundo a Bíblia, “… o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação”.

2.​ O Senhor deixa claro que a restauração não tem a ver mais com a aliança feita no Sinai, mas sim inteiramente por sua graça.

3. ​Creio que existe sangue ainda no madeiro capaz de redimir e restaurar Juiz de Fora, mas, para tal, precisamos de buscar a santificação, a maturidade espiritual e ficarmos focados no nosso propósito como Igreja de Deus nesta cidade.

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