LIÇÕES

Guia para Células 28-07-24

De 28 julho à 03 agosto 2024

Jo 17: 1-26

INTRODUÇÃO: Como seres humanos, não é ruim repensarmos quem somos, o que queremos alcançar e se nos sentimos confortáveis com o que nos rodeia e com os diferentes aspectos com os quais interagimos diariamente.

As instituições, sejam elas religiosas ou não, no entanto, não podem redefinir constantemente sua essência, valores e objetivos, uma vez que esses processos de mudança geralmente são agressivos e nem sempre são bem-vistos pelo mercado, por seus acionistas e por seus consumidores

Por isso, as instituições precisam nascer com uma missão e com uma visão clara que lhes permita manter sua identidade ao longo do tempo e não serem forçadas a uma eventual reestruturação.

Quando falamos sobre a missão de uma Igreja, basicamente nos referimos à sua razão de ser. O objetivo desse conceito é definir por que uma comunidade de fé existe e o que oferece ao mundo, país ou sociedade com as atividades que desenvolve.

Já a visão reflete o que a Igreja quer se tornar no futuro ou para onde quer ir. A partir disso, surgem os seus objetivos (gerais e específicos), táticas, processos e atividades em geral.

Além disso, a nossa identidade, a missão e a visão devem estar acompanhadas de outros conceitos fundamentais como os valores, os códigos e as abordagens de como devemos executar tudo aquilo que somos chamados a realizar. “A missão é a razão principal da existência da comunidade de fé… Tudo o que se faz na comunidade é feito em função da Missão.” Neste sentido, toda a ação da Igreja, seus planejamentos e objetivos devem girar em torno da missão.

A Missão da Igreja é fazer discípulos/as de Jesus Cristo para a transformação do mundo. “A Igreja Metodista tem como principal missão participar da ação de Deus, no seu propósito de Salvar o mundo.

Visão – A visão de Deus é a Missão, assim sendo a Igreja faz isso realizando cultos, pregando o Evangelho, ministrando os sacramentos, ensinando os/as discípulos/as de Cristo e capacitando-os/as para os diversos serviços”.

1. UMA ORAÇÃO QUE APONTA PARA GLORIFICAÇÃO

1.1. Muitos estudiosos que procuram conciliar os relatos dos quatro evangelhos acreditam que Jesus fez a Oração Sacerdotal de João 17 no Cenáculo, quando terminou de instruir os seus discípulos.

1.2. Em seguida, segundo essa interpretação, cantaram os Salmos tradicionais da Páscoa, saíram do Cenáculo e se dirigiram para o Jardim do Getsêmani, onde Jesus costumava reunir-se com eles e orar (Mt 26:30-46; Mc 14:26-42).

1.3. Independente do que aconteceria posteriormente naquela noite fatídica, desafiadora Jesus foi e é vencedor. Ele encoraja cada um dos seus discípulos: “Tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16:33). A Palavra “Mundo” é usada 17 vezes nesta oração; assim sendo, entendemos que João 16:33 está intrinsecamente relacionado com a Oração Sacerdotal de Jesus.

1.4. “A Visão de Deus é estabelecer o seu Reino. Participar da construção do Reino de Deus em nosso mundo, pelo Espírito Santo, constitui-se na tarefa evangelizante da Igreja”. A Visão de Deus é e sempre será a Missão da Igreja. A Visão da Igreja não está na terra, mas sim nos céus.

2.  UMA ORAÇÃO PROTETORA

2.1. Cristo orou por Si mesmo mas, ao fazê-lo, orava por todos os seus discípulos em  plena disponibilidade à vontade do Pai. Esta disponibilidade e este pedido constituem o primeiro ato do sacerdócio novo de Jesus que é um doar-se totalmente na cruz,

2.2. Antes de Sua Paixão, Jesus também orou pelos discípulos que estiveram com Ele. “Jesus diz ao Pai: ‘Eles não são do mundo, também eu os envio ao mundo; por eles eu consagro a mim mesmo, para que sejam também eles consagrados na verdade’” (Jo 17, 16-19).

2.3. A consagração é transferir uma pessoa ou coisa para a propriedade de Deus. Sou protegido quando estou no horizonte da Consagração do Cristo da Fé. Consagração é transferir unção, absorver a unção e valorizar a unção, pois a Unção que você honra, nela você prospera (II Reis 2: 1-15).

3. UMA ORAÇÃO QUE GERA UNIDADE NO PROPÓSITO

3.1. E, na última parte, a Oração Sacerdotal de Nosso Senhor por seus discípulos de todos os tempos visa à unidade dos discípulos entre si e unidade com Jesus a quem o Pai enviou e que é a fonte originária da eficácia das missões cristãs ao redor do mundo. Podemos dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre e se instala cabalmente a instituição da Igreja, a qual deve ser Missional e Multigeracional.

3.2. A genuína Igreja pode caminhar no mundo sem ser do mundo e viver a missão que lhe foi confiada, para que o mundo creia no Filho e no Pai que o enviou.

3.3. Temos como propósito: “Reformar a nação, em particular a Igreja e espalhar a santidade bíblica por toda a terra” John Wesley.

CONCLUSÃO:

1. “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim”(Jo 17:20-23).

2. Aqui não se fala de unidade denominacional ou organizacional, mas sim uma unidade autêntica, espiritual, gerada pelo ato de sermos Igreja de Cristo, a qual é constrangida pelo Espírito Santo a entender sua Missão e Visão.

3. Sonhamos com 300 células em nossa cidade e com uma Igreja de 3.000 discípulos/as, porém só poderemos a partir da práxis da Oração Sacerdotal de Jesus Cristo: “Conhecendo realmente a Cristo, entendendo que Ele nos protege e nos consagra por sua Graça e sendo um para que o mundo creia.”

Download