12 de Abril
Leitura bíblica: Mateus 23.37-39
Jerusalém está no coração de Deus e certamente foi alvo do amor de Jesus. Mas, mesmo Cristo deu uma declaração de perda de paciência para com aquele povo. Disse que eles não o veriam mais até a última e decisiva caminhada de volta para Jerusalém, quando tudo aconteceria. Vamos ver algumas características da fala de Jesus sobre Jerusalém e como se aplica a nós, como Igreja.
1) Mata os profetas:
A religiosidade cegou o povo, que gerou tanta perseguição e morte de profetas e até do próprio Cristo. Falta de revelação, honra, gratidão.
Como nós, enquanto Igreja, tratamos nossos pastores e líderes? Não defendemos obediência “cega” e irracional, mas é importante refletirmos se nós não seguimos sendo um “rolo compressor” na vida daqueles a quem Deus envia.
2) Falta de identidade de filhos de Deus:
É linda essa imagem que Jesus descreve do acolhimento como de uma galinha com seus pintinhos, que traz a ideia de cuidado, proteção e amor. O texto diz que Jerusalém não quis esse acolhimento. Da mesma forma, muitos ainda hoje seguem como esse filho pródigo.
Sabemos que o Senhor nos espera com a mesa posta, com a melhor roupa, com anel de honra e celebração. Mas, como Igreja, muitas vezes ainda estamos comendo com os porcos ou querendo ser recebidos como escravos. Uma igreja saudável precisa de um bom entendimento sobre a paternidade de Deus.
3) Perda de oportunidades:
Chama-me muito a atenção quando alguém está tão perto de algo tão espetacular e desperdiça a oportunidade de alcançar este objetivo. Lembro-me do servo Geazi, que auxiliava Eliseu, que, por sua ganância, ao invés de herdar a mesma unção do profeta, acabou ficando leproso.
Eu creio muito na soberania de Deus. Mas, textos como esses são muito fortes a respeito da decisão humana, da decisão de um povo. O povo escolheu, o povo não quis, o povo perdeu uma grande oportunidade de viver algo muito especial com o Filho de Deus. O que nós queremos para nossas vidas?
Como consequência da decisão do povo, Jesus se foi. Veio para os que eram Seus, mas os Seus o rejeitaram. E fez toda a Sua obra em outras cidades. Até o momento da caminhada final para Jerusalém, onde se cumpriu o que precisava se cumprir.
Pr. Marcelo Barros