24 de Junho
Leitura bíblica: Mateus 5.14
A vinda de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo ao mundo, como cordeiro libertador, mudou completamente a história e perspectiva da humanidade. Antes do advento, a expectativa de vida do ser humano comum, em média, era inferior a 40 anos de idade, e isto com uma qualidade de vida pífia. Em contraponto, Jesus oferece a vida eterna e vida com abundância; ou seja, com qualidade de vida. Aos chefes de família mais bem-sucedidos restava labutar pelo maior acúmulo de bens neste curto espaço de tempo a ser vivido, a fim de que, ao cabo desta vida, não sendo possível desfrutar de tudo enquanto se trabalhava arduamente para juntar, a herança fosse transmitida aos filhos, os quais geralmente a desperdiçavam.
Novamente em contraponto, Jesus nos adverte a “não acumular tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”. Isto porque o mesmo Jesus nos oferece um fundo de investimentos infinitamente mais rendoso, isento de tributação, e completamente seguro: “mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”.
Toda a humanidade se beneficiou das bênçãos oriundas da presença de Deus entre nós, na pessoa do Filho, inclusive aquelas que (ainda) não reconheceram a Jesus Cristo como único Senhor e salvador. Isto pela incomparável e infinita bondade e misericórdia de Deus. Falo aqui das bênçãos terrenas, como: melhoria da qualidade e expectativa de vida nesta terra; cura de pragas e pestilências outrora incontroláveis, tais como a lepra (hoje chamada hanseníase, e com tratamento muito acessível); uma certa ética e moral coletivas, as quais fizeram ser escritas pelas nações leis menos injustas em comparação com as eras de barbárie… Porém, aquilo que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em [qualquer] coração humano”, “Deus tem preparado [apenas] para aqueles que o amam”.
Estes são os filhos da Luz (João 8.12), que transcenderam da condição de criaturas de Deus, para filhos de Deus em Cristo Jesus. Por isso, filhos da luz, pois o Filho é um com o Pai. Portanto, a partir do seguir a Cristo, os filhos da Luz não tropeçam, pois não têm mais a sua visão anuviada pelo pecado que disfarça em meio às trevas. Os filhos de Deus passaram a ter algo muito maior do que aumento da expectativa de vida. Passaram a ter esperança da vida eterna mediante a fé em Cristo, o qual concluiu a lei (findou-a), e nos superabundou de Sua graça. A bondade e misericórdia do eterno Deus continuará a abençoar a toda a criação.
Mas, visto que “onde está o seu coração, aí está o seu tesouro”, que os filhos da Luz permaneçam em Cristo até o findar dos dias, pois a estes está reservado o “infinitamente mais”. E, que estes filhos da Luz não cessem de refletir a luz que é o próprio Cristo Jesus, testemunhando a graça do trino Deus a toda criatura, de modo que muitos dos perdidos também venham a encontrar o Caminho, lembrando que esta tarefa é dada a todos nós, pelo Cordeiro de Deus, o aliado Espírito Santo. Ele é Aquele que convence do pecado e transforma radicalmente o outrora pecador em filho de Deus, em Cristo Jesus.
Pr. Marcos Ferreira