20 de Setembro
Leitura bíblica: 2 Samuel 6.12-23
Por que será que, muitas vezes, temos uma atitude de adoração apática, passiva? Quais seriam os grandes obstáculos que encontramos para crescer, desenvolver nossa vida de adoração? Lembro-me dessa história de Davi, quando estava trazendo a Arca do Senhor para Jerusalém, vivendo um momento de grande alegria diante de Deus. O texto diz que Davi foi “dançando com todas as suas forças perante o Senhor”, em um ambiente de “som de gritos de alegria e de trombetas”. Mas, o texto relata os bastidores desse evento, e a reação de Mical, sua esposa:
1. Mical desprezou Davi em seu coração (v. 16): podemos ficar bloqueados pela vergonha, pelo medo do que vão pensar de nós. Medo da rejeição por parte daqueles que não são crentes, dos próprios irmãos da igreja, ou, como neste caso, o medo da rejeição pela nossa própria família.
2. Mical confrontou Davi verbalmente e desmereceu o que ele fez (v. 20): o inimigo não costuma deixar suas setas e seus dardos escondidos. Ele lança. Para tentar roubar a nossa alegria de louvar, ou matar nossa confiança em fazer o que queremos fazer. Com isso, escutamos comentários, “piadinhas”, ou, como nesse caso, uma afronta.
Porém, a reação de Davi à fala de Mical nos mostra alguns princípios interessantes:
1. Confiança no que estava fazendo: Davi disse a ela que foi “perante o Senhor que estava dançando”, e “perante o Senhor ele iria celebrar”. Ou seja, ele sabia que o que ele estava fazendo era certo, com a motivação certa, e, portanto, não tinha do que se envergonhar.
2. Vulnerabilidade: Davi disse que não tinha problema se rebaixar ainda mais ou se humilhar (v. 22). Então, ele não se importava se estava “pagando mico” aos olhos de uns, ou “querendo aparecer” aos olhos de outros. A forma com que as pessoas vão enxergar o que estamos fazendo não está no nosso controle, e não é problema nosso.
Irmãos(ãs), como temos dito, adoração é muito mais do que cantar ou dançar. É uma atitude de honra e evocação ao Senhor em tudo o que fazemos. Independente do cenário, que a gente possa ter essa coragem de oferecer ao Senhor o nosso melhor, sem temer a rejeição dos homens.
Pr. Marcelo Barros