5 de Outubro
Leitura bíblica: Mateus 6.9-13
Jesus estava pregando o sermão da montanha e falando sobre oração. E antes de ensinar aos discípulos como orar, ele ensinou como não orar, fazendo referências aos hipócritas e pagãos (Mt 6.5,7).
Não como os hipócritas:a oração deve trazer comunhão com Deus e deve levar à manifestação de sua glória. Os hipócritas buscam a sua própria glória, buscam os lugares públicos com o fim de serem vistos pelos homens. Isso não pode ser considerado uma oração.
Não como os pagãos: Jesus também ensina que não devemos usar de vãs repetições, que no original tem o sentido de rezas. Essa oração não tem nenhum significado. As muitas repetições não produzem absolutamente nada.
O nome “Oração do Pai Nosso” não dá uma noção correta do seu significado. Ela não é uma oração do Senhor, mas um modelo que nos ensina a orar. O Senhor não desejava que repetíssemos essas palavras e sim que aprendêssemos a orar.
Também o Senhor deseja que oremos ao Pai nosso que está nos céus. Pai é um novo modo de os homens se dirigirem a Deus. Antes, chamavam-no de “Deus Todo-Poderoso”, “Altíssimo Deus”, “o Deus Eterno” ou “Deus Jeová”; ninguém ousava chamá-Lo de “Pai”. Aqui, pela primeira vez, Deus é chamado de Pai, indicando que só podem orar assim os que são salvos e têm a vida eterna. Somente os que são gerados de Deus são seus filhos. Glória a Deus!
Essa oração pode ser dividida em três partes:
Primeira parte – relaciona-se com os propósitos de Deus e expressa a inclinação do nosso coração em relação a esses propósitos, que são três:
1. Santificado seja o teu nome: Deus deseja que o nome dele seja honrado, revelado e adorado;
2. Venha o teu reino: Deus deseja que o reino dele seja estabelecido na terra. O reino de Deus se estabelece onde Satanás perde espaço e suas obras são destruídas. É responsabilidade da igreja trazer o reino de Deus;
3. Seja feita a tua vontade: Deus deseja que sua vontade seja feita na terra, uma vez que isso não acontece, a igreja como cooperadora de Deus deve orar.
Segunda parte – relaciona-se com nossos interesses, pedidos de proteção que levamos à presença de Deus. São três os nossos pedidos:
1. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia: refere-se à nossa necessidade física. Essa é a oração de um cristão por si mesmo, pedindo proteção ao Senhor;
2. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores: refere-se ao nosso relacionamento com os irmãos. Pedimos por uma consciência sem culpa. Liberamos perdão aos irmãos;
3. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal: refere-se à nossa relação com Satanás. “Não nos deixe cair em tentação” é o lado negativo, e “livra-nos do mal”, o positivo. Identificamos outra necessidade, a de termos paz, e por isso pedimos a Deus que nos livre das mãos de Satanás.
Terceira parte – relaciona-se com a nossa declaração, constituindo-se de nossos louvores a Deus. São três os nossos louvores:
1. Pois teu é o reino: o reino pertence ao Pai e não a Satanás. Não devemos cair nas mãos de Satanás;
2. Pois teu é o poder: o poder é do Pai e não de Satanás. O Pai governa. Satanás não tem poder sobre nós;
3. Pois tua é a glória: a glória é de Deus e não de Satanás. Toda glória ao Senhor!
Que princípios maravilhosos. Esse é um resumo dos ensinos de Jesus sobre a chamada oração do Pai Nosso. Entretanto, há algo que, muitas vezes, passa despercebido. Jesus estabelece um princípio de UNIDADE quando ensina a maneira como devemos orar. Ele usa a primeira pessoa do plural: Pai nosso, pão nosso, nossas dívidas, nossos devedores, não nos deixe cair em tentação, livra-nos do mal. Que ministração poderosa. Não há egoísmo; nada é meu, mas de todos. Que conceito de corpo, de interdependência. Vamos aprender a orar desse modo? Vamos praticar intercessão?
Pra. Joseane Goese