6 de Outubro
Leitura bíblica: Salmos 41
O Livro I é formado dos Salmos de 01-41. O Salmo 41 é o último Salmo do Livro I. Este Salmo traz uma variedade de assuntos, como: lamentação, amor, compaixão, confiança, angústia, opressão dos inimigos, traição dos amigos, oração, esperança e louvor. O Livro I dos Salmos começa com a bênção de Deus sobre os justos e termina no Salmo 41 com o justo bendizendo ao Senhor.
Davi estava refletindo sobre sua própria atitude em relação àqueles/as que necessitavam de ajuda. Ao mesmo tempo, ele faz a declaração de que aqueles/as que agem com misericórdia alcançam o favor de Deus. Aqui nos lembramos do Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículo 7: “bem-aventurado os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. As recompensas de Deus para quem demonstra amor aos necessitados são: libertação, preservação, bênção e renovo.
A expressão “pobre” não se refere apenas a quem tem poucos recursos, mas também a quem sofre de doença ou infelicidade, sem ter culpa disso. O salmista nos mostra que, usando de compaixão para com os pobres (da mesma forma como Deus demonstra), teremos condições de orar ao Senhor com confiança, e Ele dará livramento em tempos difíceis, guardará a nossa vida do mal, nos fará felizes na terra, aniquilará os inimigos, trará cura e a sua presença estará conosco.
Quando olhamos para este Salmo, a aflição do salmista pode ser a doença mais grave que ele estava enfrentando, porque ele reconhece os seus pecados e descreve a necessidade do perdão de Deus, para que sua alma fosse sarada (Sl 41:4). Davi nos leva a pensar que seus inimigos se alegravam com sua enfermidade e aguardavam sua morte. As visitas não eram um ato de cuidado. Eles não estavam preocupados e nem esperavam melhora. Ao contrário disso, suas expectativas com relação a Davi eram que ele morresse. Até o próprio amigo “íntimo” que tinham comunhão com ele, também havia se levantado contra ele.
Em meio a toda essa situação, Davi mantinha a sua confiança em Deus, e ele faz uma oração no final desse Salmo expressando sua fé. Davi ansiava por misericórdia para si mesmo, mas não para seus inimigos, com exceção de seu filho Absalão (2ª Samuel 18:5). Isso porque seus inimigos, especialmente Absalão, tinham traído o rei escolhido por Deus. Não se tratava de vingança pessoal, mas havia uma preocupação por parte de Davi com o futuro de Israel e com a dinastia davídica.
O desejo de Davi era de agradar ao Senhor e permanecer na Sua presença. Por isso, ele orou não somente para longevidade terrena, mas também para uma vida eterna na presença de Deus. Davi estava doente por causa das aflições vividas, e o fato de ser injustamente culpado por inimigos, perceber que eles desejavam sua morte, e traído por aquele que ele considerava amigo íntimo, fez ele reconhecer seu pecado e clamar pelo perdão de Deus. Davi nos ensina muito sobre o amor eterno e cuidado de Deus por nós, e como devemos confiar Nele mesmo nas experiências diárias da vida.
Finalmente, ele declara a sua gratidão e alegria, porque ele havia sido preservado pela graça de Deus, e o seu desejo era viver eternamente na presença do Senhor. Independentemente do que passamos, vamos acreditar no mover de Deus em favor das nossas vidas, nos livrando do mal, protegendo, perdoando, curando e nos mantendo em Sua presença.
Pra. Rosemary Barbosa