9 de Janeiro
Texto base: Daniel 2.20-21
É muito bom ter renovadas as esperanças, comprometer-se novamente com coisas boas, acreditar em um amanhã melhor. É bom clamar a Deus por nosso futuro, pois todo ele está em Suas mãos onipotentes. Ele é o nosso Deus e por nossa fé Nele estamos em pé. Ainda assim, não podemos confundir o Deus do futuro com o mero calendário. Nossa fé se apoia nas verdades reveladas por Ele, não em superstições vãs.
Deus não precisa da mudança de calendário para trazer suas transformações em nossa vida. Não é o tempo que determina suas ações. São as ações Dele que determinam os tempos e as estações. O tempo não muda Deus. Deus muda tudo. Nele deve estar nossa esperança e não nas alterações do calendário. Não confiamos no amanhã como se esse fosse um ser onipotente cujos planos nós seguimos. Deus é o nosso amanhã e é Nele que confiamos.
Também não devemos nos iludir como se o futuro que traz sorrisos, também não trouxesse lágrimas. O amanhã chegará com momentos de paz, mas também nos trará a guerra. Riremos e choraremos; cairemos e levantaremos; ganharemos e perderemos. Receberemos porções maravilhosas da graça divina e repreensões severas sem as quais não ajustamos os nossos caminhos. Em alguns momentos sentiremos Sua força nos levantando e guiando. Outras vezes sentiremos nossas limitações e o silêncio Dele afligirá a nossa alma. Dia e noite, calor e frio, sol e chuva, amor e dor. Assim tem sido e assim será enquanto caminharmos neste mundo.
Deitaremos em verdes pastos e águas tranquilas, mas também empunharemos a espada para lutar contra nós mesmos, contra o mundo e o inimigo. Cantaremos louvores de triunfo e choraremos escondidos de joelhos na quietude de nossos quartos. Vacilaremos em nossa fé, mas também a ergueremos diante da Palavra Fiel que vem Dele. Temos que aprender a elevar a nossa alma até Seu Trono, que não pode ser abalado e nem sujeito àquilo que é passageiro. Devemos lutar neste mundo, mas ter os olhos no alto, pois a âncora só funciona quando firmada naquilo que permanece. Tudo passa. Ele permanece para sempre.
Pr. Silas Coutinho