13 de Janeiro
Texto base: Mateus 5.3
Nesta primeira bem-aventurança, Jesus está falando a respeito dos pobres de espírito. E a pergunta que nós fazemos é: “o que significa ser pobre de espírito?” ou “quem são os pobres de espírito?”. A expressão grega para a palavra “pobre” nesse contexto é “ptóchos”, que trás a ideia de mendigo, alguém que se encontra em um estado de profunda pobreza, absoluta e pública. A Palavra de Deus nos diz que o Reino dos Céus pertence aos pobres de espírito, mas isso não significa que devemos vender todos os nossos bens para que possamos alcançar esta herança.
Precisamos compreender que, ao longo das Sagradas Escrituras, essa expressão não indica somente ou exclusivamente um estado de pobreza material, mas também espiritual. No Salmo 40.17, o salmista declara ser pobre e necessitado, carente do cuidado e do auxílio de Deus mesmo vivendo em um palácio. Nesse contexto, percebemos que os pobres de espírito são aqueles que reconhecem uma condição espiritual de falta para com Deus.
Pode-se dizer, então, que Jesus está tratando da base do nosso relacionamento com Deus, o arrependimento. Arrependimento é reconhecer a nossa miséria espiritual, assim como o profeta Isaías declara: “ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e que habito no meio de um povo de impuros lábios” (Isaías 6.5). Arrependimento é lançar fora o nosso orgulho e nos humilharmos diante da presença de Deus, reconhecendo os nossos pecados e iniquidades, pois somente Ele é capaz de nos perdoar e purificar de todo mal.
O Senhor está perto daqueles que possuem um coração quebrantado e gera salvação para aqueles que possuem um espirito humilde. Contudo, devemos sempre nos lembrar que Deus resiste aos soberbos, os orgulhosos, mas oferece graça aos humildes, aqueles que reconhecem, se arrependem e se humilham diante Dele.
Pr. Silas Coutinho