26 de Janeiro
Texto base: Mateus 5.6
Para muitas pessoas, pensar em justiça é algo que está ligado à vingança, é aquela famosa expressão “aqui se faz, aqui se paga”. Nosso coração tende a desejar o mal e a opressão, tende a desejar que o malfeitor pague por seus pecados e crimes. Mas a Palavra de Deus diz algo muito mais profundo e desafiador nesta bem-aventurança.
A quarta bem-aventurança diz respeito a um apetite espiritual. A expressão grega para a palavra “fome” é “peinaó”, que significa estar extremamente necessitado, passando por uma profunda fome. Já a palavra “sede”, vem do grego “dispsao”, que traz em si a ideia de uma sede ardente, quase que insaciável. Percebemos que Cristo utiliza as duas expressões mais fortes em uma ação contínua, declarando: “felizes são aqueles que sentem fome e sede”. Mas, por qual justiça? O que Jesus está nos dizendo é: felizes são aqueles que não encontram na força do seu próprio braço a justiça necessária para serem aceitos por Deus.
Em Efésios 2.24, a Palavra de Deus declara que a salvação não vem pelas obras, mas sim pela graça mediante a fé, não vem de nós, mas é um dom de Deus. Reconhecer que a salvação acontece, não pelo que fazemos, mas sim pelo que Cristo fez, é uma das principais características de todo cristão. Nós somos aceitos por Deus por causa do sacrifício de Jesus na cruz do calvário. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2ª Coríntios 5.21).
Existe uma promessa para aqueles que reconhecem que não é por suas próprias forças, esta promessa é sermos saciados por Deus. Felizes são aqueles que têm fome e sede do sacrifício que pode nos justificar. Felizes são aqueles que têm fome e sede do próprio Cristo, Ele é o pão e a água da vida.
Pr. Silas Coutinho