LIÇÕES

Devocional 26-02

26 de Fevereiro

Leitura bíblica: Mateus 6.9-13

Jesus estava pregando o sermão da montanha e falando sobre oração. E antes de ensinar aos discípulos como orar, Ele ensinou como não orar, fazendo referências aos hipócritas e pagãos (Mateus 6.5,7).

Não como os hipócritas: a oração deve trazer comunhão com Deus e deve levar à manifestação de Sua glória. Os hipócritas buscam a sua própria glória, buscam os lugares públicos com o fim de serem vistos pelos homens. Isso não pode ser considerado uma oração.

Não como os pagãos: Jesus também ensina que não devemos usar de vãs repetições, que no original tem o sentido de rezas. Essa oração não tem nenhum significado. As muitas repetições não produzem absolutamente nada. O nome “Oração do Pai Nosso” não dá uma noção correta do seu significado. Ela não é uma oração do Senhor, mas um modelo que nos ensina a orar. O Senhor não desejava que repetíssemos essas palavras e sim que aprendêssemos a orar.

Também o Senhor deseja que oremos ao Pai Nosso que está nos céus. Pai é um novo modo de os homens se dirigirem a Deus. Antes, chamavam-no de “Deus Todo-Poderoso”; “Altíssimo Deus”; “o Deus Eterno” ou “Deus Jeová”. Ninguém ousava chamá-lo de “Pai”. Aqui, pela primeira vez, Deus é chamado de Pai, indicando que só podem orar assim os que são salvos e têm a vida eterna. Somente os que são gerados de Deus são seus filhos. Glória a Deus!

Essa oração pode ser dividida em três partes:

PRIMEIRA PARTE: relaciona-se com os propósitos de Deus e expressa a inclinação do coração em relação a esses propósitos, que são três:

1. Santificado seja o teu nome: Deus deseja que o nome dele seja honrado, revelado e adorado;

2. Venha o teu reino: Deus deseja que o Reino Dele seja estabelecido na terra.  O reino de Deus se estabelece onde Satanás perde espaço e suas obras são destruídas. É responsabilidade da igreja trazer o reino de Deus;

3. Seja feita a Tua vontade: Deus deseja que sua vontade seja feita na terra, uma vez que isso não acontece. A igreja como cooperadora de Deus deve orar para que a vontade dele seja feita.

SEGUNDA PARTE: relaciona-se com nossos interesses, pedidos de proteção que levamos à presença de Deus. São três os nossos pedidos:

1. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia: refere-se à nossa necessidade física. Essa é a oração de um cristão por si mesmo, pedindo proteção ao Senhor;

2. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores: refere-se ao nosso relacionamento com os irmãos. Pedimos por uma consciência sem culpa. Liberamos perdão aos irmãos;

3. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal: refere-se à nossa relação com Satanás. “Não nos deixe cair em tentação” é o lado negativo, e “livra-nos do mal”, o positivo. Identificamos outra necessidade, a de termos paz, e por isso pedimos a Deus que nos livre das mãos de Satanás.

TERCEIRA PARTE: relaciona-se com a nossa declaração, constituindo-se de nossos louvores a Deus. São três os nossos louvores:

1. Pois Teu é o Reino: o Reino pertence ao Pai, e não a Satanás. Não devemos cair nas mãos de Satanás;

2. Pois Teu é o poder: o poder é do Pai, e não de Satanás. O Pai governa. Satanás não tem poder sobre nós;

3. Pois Tua é a glória: a glória é de Deus, e não de Satanás. Toda glória ao Senhor!

Que princípios maravilhosos! Esse é um resumo dos ensinos de Jesus sobre a chamada oração do Pai Nosso. Entretanto, há algo que, muitas vezes, passa despercebido. Jesus estabelece um princípio de UNIDADE quando ensina a maneira como devemos orar. Ele usa a primeira pessoa do plural: Pai nosso, pão nosso, nossas dívidas, nossos devedores, não nos deixe cair em tentação, livra-nos do mal. Que ministração poderosa. Não há egoísmo; nada é meu, mas de todos. Que conceito de corpo, de interdependência.

Pra. Joseane Goese