18 de Abril
Quando Jacó estava do outro lado do vau de Jaboque, e Esaú estava vindo com homens armados, ele buscou fervorosamente a proteção de Deus, e com firmeza, suplicou: “e disseste: Certamente eu te farei bem”. Ah, a força dessa súplica! Ele estava cobrando de Deus a Sua Palavra: “e disseste”. O atributo da fidelidade de Deus é um porta-voz esplêndido a ser colocado no altar. Mas a promessa que tem em si o atributo e algo mais, é um laço ainda mais poderoso. “E disseste: Certamente eu te farei bem.” Se Ele disse, não o cumprirá? Não deverá ser ele verdadeiro? Não manterá Ele a Sua palavra? Não deverá cada palavra que sair de Seus lábios, ser mantida e cumprida? Salomão, na inauguração do templo, usou essa mesma súplica poderosa. Ele clamou a Deus que se lembrasse do que havia dito ao seu pai Davi, e que abençoasse aquele lugar.
Quando um homem dá uma nota promissória, sua honra está empenhada; ele a assina e ela deverá ser descontada; quando foi dito que Deus desonra Suas notas? O crédito do Altíssimo nunca foi contestado e nunca será. Ele é pontual: nunca será adiantado, mas também nunca atrasado. Pesquise a palavra de Deus, e compare-a com a experiência do povo de Deus e descobrirá os dois registros de promessa. Anciãos disseram como Josué: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou”. Se você tem uma promessa divina, não precisa suplicar como um “se”. Você deve insistir com certeza.
O Senhor pretende cumprir a promessa, ou então não a teria feito. Deus não dá Sua palavra apenas para nos aquietar e nos manter esperançosos com a intenção de nos deixar de lado no final; mas quando Ele fala, é porque tem a intenção de cumprir o que falou.
Charles Haddon Spurgeon
[Adaptado de: “Dia a dia com Spurgeon: Manhã & Noite”].