10 de Julho
Leitura bíblica: Ezequiel 36.26; Hebreus 12.15
Se descobrimos a graça de Deus, recebemos Sua dedicação absoluta a nós, a sua persistente vontade de nos oferecer um amor tão puro e curador que não permite que nenhuma pessoa ferida permaneça nesse estado. A graça o coloca de pé novamente. Quando a graça acontece, não recebemos um elogio de Deus, mas um novo coração. A graça de Deus é distribuída há anos não com um conta-gotas, mas como uma loção hidratante que é ministrada em todo nosso corpo e sempre sobejada em nossas mãos.
Com isso, acabamos dando um retoque em alguns lugares, pois não queremos desperdiçar. A Palavra de Deus sobeja da Sua graça desde Gênesis até Apocalipse. Vejamos: o nosso Deus fez com que Adão e Eva, após terem pecado e se escondido, saíssem dos arbustos; quando Moisés cometeu homicídio, fez com que ele saísse do deserto. Não desistiu de Elias, apesar de o profeta ter desistido dEle; restaurou a visão do cego Bartimeu, tendo sido ele um mendigo à beira da estrada; o Seu encontro com Zaqueu resultou na sua salvação; na vida de Saulo, perseguidor dos cristãos, também operou a salvação. Poderíamos continuar citando muitos outros momentos em que a graça de Deus se fez presente na vida de Seu povo.
Todas as obras do Senhor são maravilhosas, mas a GRAÇA é extraordinária. Porque, muitas vezes as pessoas tendem a desperdiçar anos de vida pelas infelizes escolhas que fazem. O maravilhoso é Deus responder à confusão da vida com uma palavra: graça. Sempre usamos a palavra “graça” em inúmeras situações, mas, na igreja, ela é mais usada. Ela está presente nas canções, nos versos da Bíblia que lemos. Os pregadores/as a explicam, os hinos proclamam, os seminários ensinam.
Precisamos ter a real compreensão da graça, e não nos conformarmos somente com a graça que ocupa uma frase em um hino, que se encaixa em um símbolo da Igreja. Quando falamos de graça, é um tema que nunca causa confusão. Quando questionamos alguém sobre se acreditam na graça, com certeza teremos “sim” como resposta.
Precisamos nos aprofundar mais na pergunta, uma vez que a graça de Deus é superabundante. Então, deveríamos perguntar: “você já foi mudado/a pela graça? Você já foi moldado/a pela graça? Fortalecido/a pela graça? Encorajado/a pela graça”? A graça mexe conosco, porque ela vem em nossa busca. E, quando ela nos encontra, reestrutura-nos. A graça é a voz que nos chama a mudar e, assim, dá-nos o poder de sermos filhos/as de Deus.
Quando a graça nos alcança e acontece, não recebemos elogios de Deus, mas um novo coração. Quando a graça acontece, Jesus entra em nós. Então, lembramo-nos do texto de Colossenses 1.27: “Cristo em vocês, a esperança da glória”. A graça é receber do Médico dos médicos uma cirurgia cardíaca. É Ele removendo nosso coração, cheio de coisas que nos envenena, e substituindo-o pelo Seu próprio coração gerado em nós. Jesus trata os nossos dias vergonhosos com graça.
“Somos presunçosos/as não quando nos maravilhamos na graça de Deus, mas quando a rejeitamos”. A graça é um presente que já nos foi dado e não existe nada nesse mundo que se compare com a graça de Deus. A graça faz do mendigo um príncipe. A Palavra de Deus nos dá essa garantia: “Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, para fazê-lo sentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo” (Salmos 113.7-8). Então, perder esse presente faz do homem mais rico um miserável. Por isso, os questionamentos sobre a graça não devem ser se acreditamos ou não, mas, se temos recebido a superabundante graça de Deus.
A graça é Jesus. Essa graça que chegou a nós. A salvação é o resultado da graça, por isso, sobeja em doze cestos, não vem de nós. É DOM DE DEUS para aprimorar a obra realizada pela cruz.
Em Cristo,
Pra. Rosemary Barbosa