21 de Julho
Leitura bíblica: Atos 1.8
Jesus estava prestes a subir aos céus e disse para os discípulos não saírem de Jerusalém, mas que esperassem pela promessa do Pai, de que seriam batizados com o Espírito Santo (Atos 1.4-5). Três versículos adiante, Ele anuncia algumas características dessa grande revolução que, por sua vez, o derramamento do Espírito geraria em suas vidas:
1. Uma nova capacitação – “Mas recebereis poder […]”
Jesus falou que poderíamos fazer as mesmas obras que Ele fez, e obras ainda maiores (João 14.12). E, o motivo é este: o mesmo Espírito que esteve com Ele, seria o Espírito que estaria sobre Seus discípulos. Não seria na força do próprio braço, ou na própria sabedoria, mas pelo Espírito de Deus (Zacarias 4.6).
2. Uma nova identidade – “[…] Sereis minhas testemunhas […]”
O entendimento de uma identidade é algo muito vital para o ser humano. Muitas vezes, nos enxergamos através dos rótulos que temos, especialmente pelos nossos erros. O que é ser testemunha? É aquele que relata o que viu. Em João 9.25, vemos um exemplo bem interessante sobre o que é ser testemunha. O cego havia sido curado e as pessoas começaram a pressioná-lo para entender o que estava conhecendo. O “ex-cego” não tinha explicações teológicas ou profundas, mas, de forma simples, ele resolveu a questão: “uma coisa eu sei: era cego e agora vejo”.
3. Um novo alvo – “[…] em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra.”
Pensamento ampliado, “além do umbigo”: cidade, estado, país, outros países. No contexto da época, o povo tinha que deixar de acreditar que o Deus era só de Israel, e começar a entender que, conforme prometido desde o princípio a Abraão, a bênção de Deus era pra alcançar todas as famílias da terra.
Nos tempos de hoje, este paradigma já foi quebrado. Por outro lado, uma característica marcante destes tempos pós-modernos é o individualismo, o egocentrismo. E, talvez, o grande conflito que a Igreja precisa viver nos dias de hoje é entender que esta missão ainda existe. Este ainda é um alvo para nós, e precisamos estar disponíveis para tudo isso.
Conclusão: a manifestação do Espírito é boa, é agradável, mas não deve ser algo apenas para nos gerar um prazer. Ela também deve ser para nos vocacionar para uma missão. Nesta missão, temos o poder de Deus em nós, que nos capacita; temos uma identidade de testemunha de Cristo, e temos um alvo de alcançar cada canto desta terra. A pergunta segue no ar: “a quem enviarei?”.
Pr. Marcelo Barros