1º de Agosto
Leitura bíblica: Atos 16.16-26
Paulo e Silas se encontravam em Filipos, cidade principal do distrito da Macedônia e colônia romana. Ali, fundaram uma igreja, e bem sabemos que Lídia, a vendedora de púrpura, se converteu nesse tempo, ela e toda sua família. Mas, ao caminharem, encontraram com uma jovem “que tinha um espírito de adivinhação”. Diz o texto que “seus oráculos obtinham grandes lucros”. Predizer o futuro, naquela época, como também atualmente, era ocupação que tinha e tem lucro. Para os seus donos e aqueles que a conheciam, a habilidade de prever o futuro era vista como algo genuíno. As pessoas pagavam por suas adivinhações. Com isso, seus senhores obtinham lucros.
O que a jovem estava dizendo enquanto caminhava não foi o que de fato perturbou Paulo, e sim o fato de ela ser vista como fonte da verdade. Paulo sabia que ela era dominada por um espírito maligno. Aquela jovem dizia a mesma coisa por muitos dias. O inimigo sempre tentará roubar a atenção para que o foco seja tirado do que é realmente necessário.
Olhe para o texto, no v. 17, cada palavra dita pela jovem era verdade. Paulo e Silas eram servos do Deus Altíssimo e anunciavam a salvação. Mas, o propósito do inimigo era fazer com que as palavras ministradas pelos apóstolos não tivessem crédito, e que isso levasse o povo a pensar que eles estavam ligados a espíritos demoníacos. Isso levaria o povo a não fazer caso do Evangelho anunciado.
O inimigo tenta parar o/a servo/a do Senhor. Paulo e Silas iam para o lugar da oração, quando apareceu uma jovem possuída pelo inimigo. Paulo percebeu que a jovem estava possuída por demônios e era explorada pelos seus senhores. Então, em nome de Cristo, expulsou aquele espírito de adivinhação e, ao fazer isso, ficou claro que eles eram de Deus, pois expulsou o demônio em nome de Jesus Cristo.
Paulo percebeu qual era o propósito do inimigo. Então, dirigiu-se ao demônio, e não à jovem, e ordenou que ele saísse. Ela ficou livre daquele espírito, mas isso causou uma indignação em seus senhores. Insatisfeito com o fim do lucro, eles arrastaram Paulo e Silas “até a praça pública perante os magistrados”, porque eles eram judeus e líderes da equipe missionária.
A acusação contra eles era que eles estavam perturbando a cidade com costumes que os romanos não podiam receber nem praticar. Os romanos consideravam o cristianismo uma seita judaica. Eram muito zelosos com seus cultos para que nenhuma nova religião fosse introduzida.
É interessante observar que o verdadeiro motivo da acusação contra Paulo e Silas não foi mencionado, que era a perda dos “grandes lucros” que sofreram os senhores. Então, mandaram rasgar suas vestes e açoitá-los com vara, foram lançados no cárcere e prenderam seus pés no tronco. Mas, apesar de toda dor e todo sofrimento, eles conseguiam cantar e orar. Os prisioneiros os escutavam. E a tradução real da palavra “escutavam” é: “ouviam com prazer”.
Nesses tempos de tanta dor, choro, perda e luto, que possamos seguir o exemplo de Paulo e Silas, não permitindo que as circunstâncias aprisionem a adoração, pois a adoração move o coração de Deus. “Em tempos de escuridão é que a luz do testemunho cristão brilha mais intensamente”. Para fazer a diferença, é necessário resplandecer de tal forma que a luz penetre a escuridão de um mundo pervertido. A luz do testemunho de Paulo e Silas brilhou intensamente dentro daquela prisão. Cantavam e oravam, e o Senhor respondeu às suas orações enviando um grande terremoto, abrindo todas as portas e libertando das cadeias todos os prisioneiros. Onde estava decretada a morte, o Senhor trouxe vida e salvação.
Pra. Rosemary Barbosa