22 de Outubro
Leitura bíblica: Lucas 15.11-32
Este capítulo é extremamente conhecido por todos nós, que é a história do filho mais novo. Havia um pai com dois filhos e o filho mais novo simplesmente pediu a sua parte da herança. Entendemos que este pedido é um pouco complicado, porque você só pode exigir a herança de alguém que já morreu. Então, na cabeça daquele filho, o pai já havia morrido. Pouco importava o pai, o emocional do pai, e o bonito é ver o pai deixando o filho ir, com todas as possibilidades de sentir saudades. Mas, mesmo assim, o filho vai, porque o pai não anula o livre arbítrio do filho.
Sabemos muito bem que, após o filho partir e viver uma vida de forma desequilibrada, o menino sente fome e, quando ele sente fome, ele se lembra do pai. Eu já vi muitos pregadores e pessoas falarem que ele se arrependeu; que estava com saudades. Mas, na verdade, não foi isso. O que fez o jovem voltar para casa do pai foi a vontade de comer, pois ele já não tinha nada. Então, a motivação de voltar para casa paterna não era pelo pai, mas pelas coisas que o pai poderia oferecer a ele.
O mais surpreendente é que o pai estava na varanda porque, para o pai, pouco importava as motivações do filho. Ele queria apenas dar um beijo nele, ele queria o filho; diante de motivações erradas ou certas, ele queria o filho. O filho mais novo achou que estava em débito com o seu pai; aquele jovem não entendia que não existe esta relação de débito, que o pai ama porque ama. É interessante percebermos também que, o filho mais velho questiona a ação do pai, pois ele achava que tinha uma relação de crédito com seu pai. Mas, ele também não entendia que tudo que era do pai também era dele.
Nós precisamos entender que não existe nada que altere a relação de amor que o Pai tem por nós. Minha oração é para que possamos exalar esse amor uns para com os outros. Que possamos ser essa Igreja que fica na varanda, esperando aqueles que precisam de uma nova oportunidade.
Pr. Silas Coutinho