LIÇÕES

Devocional 23-10

23 de Outubro

Leitura bíblica: Mateus 6.16-18

Hoje, temos esquecido esta prática bíblica. Precisamos entender que o jejum nos é necessário também atualmente. É muito comum alguém dizer que Jesus já fez o sacrifício por todos nós e que, portanto, não precisamos mais proceder assim. Realmente, você tem razão, se a sua compreensão de jejum é a penitência e o autoflagelo. Mas, o jejum não é isso. Jejum é saciar nossa fome em Deus.

Precisamos jejuar para pedir ajuda a Deus, para abrir caminhos, para termos respostas e nos direcionarmos em nossa caminhada. O jejum é uma prática importante para nossa vida e para a Igreja. Temos o maior exemplo para jejuarmos: Jesus jejuou 40 dias antes de iniciar o exercício de Seu ministério. A Palavra de Deus está repleta da prática de jejum. Muitos profetas jejuaram, bem como reis, rainha, e toda a nação de Israel. Desde o Antigo até o Novo Testamento, temos exemplos da prática do jejum.

O texto de Mateus diz: “quando jejuarmos […]”. Ou seja, há uma expectativa no coração do escritor de que continuemos esta prática em nossas vidas e na vida da Igreja, até a volta do Noivo. Certa vez, Jesus foi questionado sobre o porquê de os discípulos não jejuarem. E, Jesus respondeu que, enquanto o Noivo estivesse presente, seria tempo de festa, de celebração; mas, quando o Noivo se ausentasse, então, eles teriam que jejuar.

Olhando para esta realidade do texto de Mateus, o jejum em nossas vidas não é uma condicional, mas sim algo que Jesus espera que façamos para nossa consagração. Para vencermos as tentações, para vencermos os dias maus e permanecermos inabaláveis na presença de Jesus, como diz o livro de Efésios 6.13.  Como vencer as astutas ciladas do diabo, sem nos fortalecermos no Senhor e na força de Seu poder? Como fazemos isso? A resposta é simples: através do jejum, oração e Palavra. Aqui, nos lembramos do texto bíblico que fala sobre o jovem lunático, em algumas traduções. O inimigo se apoderava dele, lançava por terra, no fogo, fazia com que ele rilhasse os dentes, gritasse, espumasse pela boca, ferisse e, dificilmente, o abandonava.

Então, o pai dele pede a Jesus que pudesse olhar para o filho dele, pois os discípulos não puderam fazer nada por ele. E, depois de o jovem ter sido liberto, os discípulos perguntaram a Jesus: “por que não o podemos expulsar?’ Ele respondeu-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum” (Marcos 9.14-29).

Vivemos em uma batalha espiritual. Há resistência espiritual à nossa vida, e há determinadas batalhas e enfrentamentos nos quais iremos fracassar, caso não estejamos equipados com a prática do jejum, da oração e Palavra. Porque precisamos estar fortalecidos no poder do Senhor. O jejum é poderoso. Quando nos abstemos da comida, por algo muito melhor, que é a comunhão com Deus, vale a pena abrir mão da comida que alimenta o corpo, para alimentar a nossa alma. Quando entendemos que o jejum não é um sacrifício, não temos dificuldade em realizá-lo, porque é a nossa afirmação diante de Deus, dizendo: “TENHO FOME DE TI!”. O Senhor na minha vida é mais do que o alimento.

Jejum tem a ver com o próprio Jesus em nós, ou melhor, o nosso anseio de nos aproximar mais a cada dia dEle, em um relacionamento cada vez mais profundo. O desejo do coração do Senhor é que pratiquemos o jejum com motivação certa. Para glória do Seu nome. Se jejuarmos com a motivação certa, o Senhor nos abençoará em todas as áreas de nossa vida e, também, na nossa descendência. O jejum não traz apenas bênçãos no tempo presente, mas, também, no futuro. Então, vamos estabelecer uma vida espiritual que agrade a Deus com o jejum, a oração e a Palavra.

Pra. Rosemary Barbosa