18 de Dezembro
Leitura bíblica: João 5
Gosto da proposta do calendário dividido por anos. Um sentimento de esperança vem de uma forma maior do que em outros momentos. Mas talvez existam situações em que, passam-se os anos, e tudo continua igual. Aquele homem estava enfermo há 38 anos. 38 anos é muito tempo. Seria como alguém dos nossos dias que está lidando com a mesma situação desde 1987.
Neste cenário, Jesus aparece e faz uma pergunta aparentemente óbvia: “Queres ser curado?”. Mas Jesus, evidentemente, não é tolo e não falaria algo tolo. Por que será que Jesus fez essa pergunta?
1. Muita gente se acostuma com o seu problema. Até deseja uma mudança, mas é apegado ao problema.
Há pessoas que dizem que querem transformação na família, mas ao mesmo tempo gostam da compaixão e piedade que recebem das pessoas por seu sofrimento. Alguns dizem querer transformação financeira, mas também não gostam de pensar que deixarão de ser ajudados caso esta tribulação passe. Será que essa pessoa quer mesmo a mudança ou não? Será que a pergunta de Jesus é realmente óbvia?
2. Muita gente até deseja uma mudança, mas não quer mudar em nada
Há pessoas que dizem sonhar com uma família melhor, mas não querem perdoar, não querem pedir perdão. Outros dizem desejar mais saúde, mas não estão dispostos a se alimentar melhor, a fazer uma atividade física. Alguns dizem querer crescer no relacionamento com Deus, mas não se comprometem com a igreja. Será que a pessoa quer ou não? A pergunta de Jesus faz sentido?
3. Muitos desejam a mudança, mas estão agarrados em suas desculpas
O paralítico disse pra Jesus: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”.
A mentalidade de vítima nos impede de receber o novo. Jesus estava na frente dele e ele estava dando desculpas. Desejamos a bênção de Deus sobre nossa família, mas já vamos explicando pra Ele todas as desculpas de por que que não vai dar certo.
Jesus está vivo! Apresente sua causa a Ele sem desculpas!
Portanto, acho que a pergunta de Jesus não é tão óbvia assim. Às vezes, temos um discurso de esperança, mas uma conduta totalmente acorrentada ao nosso sofrimento, à nossa zona de conforto e às nossas desculpas. Que Deus nos encha de uma esperança viva para um ano de 2025 em que a gente possa romper com as nossas questões, mesmo as mais antigas!
Pr. Marcelo Barros