LIÇÕES

Devocional 02-02

Leitura bíblica: 1a Coríntios 11.14

2 de Fevereiro

Se desejamos servir a Deus, em inteireza de coração e de uma maneira que some e não subtraia, é necessário considerar o que Paulo afirmou: SOU DEVEDOR! Paulo não tinha nada a ver nem com os gregos nem com os bárbaros; por que, então, se sentia devedor a eles? Não deveria ser o contrário? Considerando toda sua obra, Paulo não deveria se sentir como um credor?

Na igreja encontramos tanto pessoas com atitude de devedores como de credores. Estes consideram que tudo deve girar em torno deles, de maneira a beneficiá-los; aqueles consideram que por ter recebido o dom de Deus serão sempre devedores a Jesus, por tudo o que Ele fez por nós.

O devedor é uma pessoa que se integra e não fica na periferia apenas criticando e dando soluções que nem ele mesmo se dispõe a fazê-las. Tornando-se um espectador alheio aos desafios. O devedor é uma pessoa que serve. Esse, na verdade, é o grande problema daqueles que se consideram credores: não servem; preferem o comodismo ou o fazem exigindo algo em troca. Não devemos ser cobradores. Não podemos cobrar amor, atenção, reconhecimento, mesquinharias etc. Quando cobramos amor, ficamos doentes. Vivemos em uma época de muito egoísmo: maridos cobram das esposas, pais cobram dos filhos etc. Quantos de nós ficamos exigindo os nossos direitos?

O devedor é uma pessoa que tem compaixão e não orgulho crítico; o credor normalmente é indiferente ao sofrimento das pessoas. Paulo afirmou: a ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei (Rm 13.8). Devemos ter cuidado, pessoas que não perdoam são cobradoras.

O devedor é uma pessoa disposta ao sacrifício. Sabe que foi salvo pela graça, mas também sabe que há um preço a ser pago para que o Reino de Deus cresça e prospere. Certa vez, para responder a uma questão de Pedro a respeito do número de vezes que se deve perdoar a uma pessoa, Jesus contou a chamada parábola do credor incompassivo (Mt 18.21-35). O foco da história é o perdão. Entretanto, podemos encontrar ali alguém que perdeu completamente a visão da graça do Senhor. O homem chamado para o acerto

de contas com o rei perdeu a visão de que era um devedor. Posicionou-se como credor. O seu fim foi muito triste.

E quanto a nós? Em que cadeira nos assentaremos? Seremos credores ou devedores? Qual será a nossa posição? Como as nossas atitudes influenciarão nossa casa, nosso círculo de amizades, nosso ministério e a igreja? O que faremos?

Pra. Joseane Goese