LIÇÕES

Devocional 01-03

1º de Março

Leitura bíblica: Neemias 1.1-2.5; 4.4-4.16; 13.1-31

Ao longo da história da igreja, vejo muitas pessoas que são muito dedicadas no serviço, muito boas para fazer e acontecer. E outras que são excelentes na devoção, são muito boas para orar, louvar e interceder. Vejo que isso já gerou muitos conflitos desnecessários entre esses dois grupos, porque os dois defendem coisas certas e bíblicas. E um grupo precisa do outro para evitar desequilíbrio.

Aqueles que gostam muito de fazer precisam do intercessor para que não se tornem ativistas, orgulhosos, fazendo as coisas à força do seu próprio braço, o que, possivelmente, vai deixá-los rapidamente cansados por trabalhar demais e não ver os frutos. O intercessor precisa daquele que gosta de fazer, para que ele não seja alguém isolado, alienado, que se esconde da vida real e terrena, e espiritualiza tudo.

Há histórias na Bíblia em que aparentemente é 100% Deus. Em tantas outras histórias, parece que Deus espera a atitude humana. Temos na Bíblia a história Neemias que, em seu livro, registra alguns momentos em que teve esse equilíbrio e sabedoria para balancear a dedicação com a devoção, a oração e a ação!

1) Orar + Se dispor para fazer algo (1.4; 2.5): Neemias não só orou pela questão do exílio, mas ele se dispôs a pedir ao rei uma oportunidade para reconstruir sua terra. A pergunta “quem enviarei?” segue no ar. Nós, como cristãos, devemos orar, mas também estar dispostos a ir, a servir, a pregar, a evangelizar, e discipular.

2) Orar + Tomar atitudes práticas de proteção (4.4,9;4.16): Neemias orou por proteção contra seus inimigos. Mas também estabeleceu guardas para protegerem os que estavam construindo o muro. Devemos orar pela proteção dos nossos filhos, por exemplo. Porém, é importante estar atento nas companhias, nas coisas que assiste, conversar bastante.

3) Orar + Orientar e corrigir (13.14,21-22,25): Neemias, em um momento em que o povo começava a sair dos trilhos novamente, orou ao Senhor, mas também advertiu e repreendeu de forma dura os seus liderados. Nós, como cristãos, devemos orar pelos discípulos se estiverem fazendo algo errado. Mas também é importante visitar, dizer que sentimos falta, encorajar, corrigir e até mesmo repreender duramente.

Concluindo, o crente não pode usar a vida de devoção para ser omisso, preguiçoso e não ter dedicação no que faz. E o crente não pode usar a virtude da dedicação em suas tarefas para fazer na força do seu próprio braço e esquecer que tudo vem de Deus, e ter uma vida de devoção a Ele.

Certa vez, escutei essa frase: “orar como se 100% dependesse de Deus. Agir como se 100% dependesse de nós”. Não existe fórmula. Que a gente sempre busque uma vida equilibrada.

Pr. Marcelo Barros