4 de Novembro
Leitura bíblica: Mateus 9.36-38
O texto inicia dizendo que Jesus viu a multidão e se compadeceu delas. Jesus viu o estado que a multidão estava. Ali, também na época estavam os sacerdotes e seus discípulos. Mas, o texto deixa claro o sentimento de Jesus para com a multidão. As multidões — o povo, o mundo, em que vivemos — necessita do evangelho de Jesus Cristo.
O ser humano carece de direção, pois, segundo o olhar de Jesus estão os aflitos, exaustos e aqueles que não sabem o que fazer da própria vida, e são incapazes de ver a sua própria situação. Mas, Jesus Cristo vê, se compadece e compara o comportamento da multidão aflita e sem direção com a de ovelhas que não têm pastor.
A ovelha (animal) não tem liderança. Elas não têm uma líder para seguir; elas vão aonde a maioria vai. Se uma ovelha, por impulso, se deslocar para fora do rebanho, as outras poderão segui-la. Jesus se entregou à mais profunda angústia e aflição, padecendo exausto na cruz; e por amor às multidões.
E, por isso, ordena que seja dito a este mundo o Evangelho: que não existe mais a necessidade de viver uma vida sem finalidade, porque já veio Aquele que pode dar-lhe verdadeiro sentido, Jesus Cristo, a Boa Nova de que já veio o pastor que reúne o seu rebanho. O próprio Jesus disse: “vós sereis as minhas testemunhas!” (At 1.8). “Ide por todo o mundo!” (Mc 16.15). Eis a resposta do Senhor, a cada um de nós. Ele espera que ouçamos a Sua ordem e façamos o que Ele nos diz.
Jesus continua vendo as multidões atualmente e se compadece delas. Agora, tudo que importa é que as vejamos, assim, também: com os Seus olhos de misericórdia; amor que procura para salvar o que está perdido. Vale lembrar, também, que a missão entregue por Jesus de evangelizar não é papel exclusivo de um/a líder. Este é um dever de todos que um dia o aceitaram como Senhor e Salvador. Por mais importante que seja a função do/a pastor/a, a responsabilidade da multiplicação do rebanho é de todos.
Os discípulos foram capacitados por Deus em Sua missão. Onde os discípulos começaram o ministério? Segundo essa passagem, Jesus os enviou aos oprimidos, aos pobres, aos que estavam sob o cativeiro debaixo da escravidão de hábitos que controlavam suas vidas. Eles estavam começando a ceifar exatamente onde Jesus iniciara Sua colheita: entre as ovelhas perdidas, entre os cativos, os de coração angustiados, os oprimidos, os transtornados, os prisioneiros, os pobres, leprosos, os cegos, os que choram.
O que esta Palavra nos ensina é que, para realizar essa grande missão, é necessário ter sido forjado, para que haja credibilidade no anúncio e na aceitação do Evangelho. O Senhor Jesus está forjando trabalhadores/as. Esse processo de forja explica por que os trabalhadores/as são poucos. A maioria dos frequentadores/as de igrejas são como os milhares que foram voluntários a ir com Gideão a enfrentar os midianitas. Deus viu o medo em muitos deles. Sabendo que não suportariam o fogo, os golpes, a dureza. E, dentre os milhares que seguiram a Gideão, só trezentos foram escolhidos. Os que são verdadeiramente chamados à colheita são chamados a suportar o refinamento, os fogos usados para dar a forma, e o martelar contínuo. Mas, não muitos conseguem permanecer na grande missão.
É por isso que Jesus busca trabalhadores/as que tenham se submetido ao fogo e tenham sido forjados. Ele quer um povo que se levante diante do mundo e proclame: “o Senhor Jesus está comigo!”. Estou habilitado para a grande colheita. A colheita só se realiza quando as nossas vidas refletem o poder transformador do Evangelho que pregamos. Então, poderemos ser trabalhadores/as da seara.
Pra. Rosemary Barbosa