5 de Junho
Leitura bíblica: Atos 16.13-15
A história de Lídia é pequena, mas ela tem algo de especial. Mulher rica e generosa, que tinha alegria em hospedar as pessoas em sua casa. Uma vendedora bem-sucedida de tecido de púrpura. Só que o Evangelho não havia penetrado na sua alma, no espírito, no âmago do seu coração. Lídia ainda não havia recebido um novo coração, um coração sensível a Deus.
Não podemos confundir religiosidade com uma real conversão. Ainda que as pessoas venham com regularidade aos cultos, e trabalhem na vida da igreja, isto não significa que tiveram suas vidas transformadas. Não basta apenas o temor a Deus. Se fosse apenas isso, Lídia continuaria como vivia, pois ela era temente a Deus e, com regularidade, ia à beira do rio aos sábados nos cultos de oração. Contudo, o texto diz que ela foi transformada e salva pelo poder da Palavra de Deus.
Vemos neste texto a Igreja Missional representada pela vida de Paulo, que sai ao encontro de vidas como a de Lídia, para alcançá-las com a verdade do Evangelho. Paulo, chegando à cidade de Filipo, percebe que não havia sinagoga ali. Então, ele procura um lugar para orar, para meditar na Palavra, e fica sabendo que um grupo de mulheres se reunia aos sábados à beira do rio para orar. Paulo vai no local em elas estão e passa a ministrar-lhes o Evangelho.
Não sabemos quantos sábados ele esteve ali ministrando, mas o texto nos faz entender que não foi apenas uma vez. E, no meio daquelas mulheres, estava Lídia, uma vendedora de tecido de púrpura rica e bem-sucedida da cidade de Tiatira. Ela não era judia, mas era temente a Deus, e o texto fala que o Senhor lhe abriu o coração para recepção da pregação do Evangelho. O fato de o Senhor abrir o coração das pessoas não pode impedir a Igreja de anunciar a verdade do evangelho.
A Igreja missional tem convicção disso. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Como conhecerão se não há que pregue? O nosso dever como Igreja missional é pregar a tempo e fora de tempo. O resultado será dado pelo Senhor, pois o Espírito Santo é quem convence. Lídia acolheu o que Paulo dizia, porque o Senhor lhe abriu o coração. Depois, ela foi batizada como sinal exterior da salvação recebida no seu interior. Não somente ela, mas toda a sua casa.
Uma Igreja missional não se envergonha de mostrar os feitos do Senhor; não fica só dentro dela, mas leva outros a desfrutarem da bênção da salvação. Lídia é o exemplo dessa verdade. Lídia levou o Evangelho e liderou sua casa, e todos foram salvos. Uma Igreja Missional é generosa. Lídia ofereceu sua casa para hospedar Paulo, Lucas e Barnabé. Ofereceu um pouco do muito que ela tinha.
Uma Igreja missional não quer tudo só para ela; mas, reparte o que têm para abençoar outros. Lídia colocou seus bens à serviço da obra de Deus. E Deus estabeleceu ali em Filipos uma Igreja.
Pra. Rosemary Barbosa