LIÇÕES

Devocional 06-04

6 de Abril

Leitura bíblica: 1ª Coríntios 15.12-19

A pergunta de Paulo no versículo 12 (“como alguns de vocês podem dizer: ‘não há ressurreição dos mortos?’”) não foi algo hipotético. O argumento cuidadoso de Paulo foi projetado para mostrar aos coríntios, seriamente, o que se seguiria se a comunidade de fé e serviço declarasse não haver ressurreição. Isso, que era dito por todos os pagãos antigos, era a melhor explicação para o motivo pelo qual alguns, em Corinto, estavam negando a ressurreição. Ela não fazia sentido dentro da visão mundial circundante. Hoje também muitos questionam, pois só podemos crer neste fato que, para nós, é objetivo, verdadeiro, matemático, se estivermos em Cristo, movidos e convencidos pelo Espírito Santo: “quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

A retórica usou repetição para reforçar alguns fundamentos. Paulo se baseia em um ponto importante aqui, repetindo a condicional “se” seis vezes. Infelizmente, alguns cristãos em Corinto queriam harmonizar sua pregação da ressurreição com a filosofia grega que negava totalmente a possibilidade de ressurreição corporal (Atos 17.30-32). Paulo enfatizou que, negando a ressurreição, a fé cristã não faria sentido nenhum. É de bom alvitre sempre revisitar as nossas convicções de fé, pois elas determinam quem somos diante de Deus e dos homens. Quanto da mensagem cristã sobreviveria se Paulo (ou você) concordasse com a afirmativa dos incrédulos?

Precisamos deixar claro sobre o que a palavra “ressurreição” significava para o apóstolo Paulo e seus ouvintes. Significava, muito especificamente, que as pessoas já mortas ressuscitariam com Cristo; isso foi e é essencial para as boas novas do Reino de Deus. É fato haver um novo mundo, que já foi lançado na ressurreição de Jesus e que todo o povo de Deus receberá as dádivas da salvação na história. Mas a salvação tem a ver também com a “trans-história”, novos céus e nova terra, fundamento básico para tudo o que ele disse. Como isso o ajuda a entender que a Páscoa é “nossa história definidora” como cristãos?

Cremos que Jesus ressuscitou dentre os mortos e que participaremos do ‘funeral’ da própria morte: “e o último inimigo que será destruído é a Morte.  “Pois Ele tudo sujeitou debaixo de seus pés…” (1 Coríntios 15.26-27a).

Em Cristo,

Wesley Nascimento | Pastor