8 de Março
Leitura bíblica: Gênesis 12.1-3
A frase “O mundo é uma paróquia” tem a ver com pregar nas praças, nas minas, em qualquer lugar em que haja oportunidade e necessidade. Mas, certamente, também é preciso enxergar a frase de forma integral, vendo que as nações são um grande alvo da missão.
1) Por que não as nações?
No texto em que John Wesley disse essa famosa frase, ele também escreveu: “porém, onde devo pregar, sobre os princípios que você menciona? Por que não na Europa, Ásia, África ou América; não em quaisquer partes cristãs, pelo menos da terra habitável. Porque todas essas serão, daqui a pouco, divididas em paróquias. É dito: ‘Volte, então, para os pagãos de onde você veio’. Mas nem mesmo eu posso (sobre seus princípios) pregar para eles, porque todos os pagãos na Geórgia pertencem à paróquia de Savannah ou de Frederica”.
A pergunta de Wesley é interessante: “por que não as nações?”. Afinal, desde Abraão, as nações estão no propósito de Deus. Se o foco for nas dificuldades, certamente existem muitas respostas. Mas se o foco for o plano de Deus e no amor de Deus, essa pergunta é muito boa: por que não?
a) Deus sempre quis abençoar todas as nações (Ge 12.1-3);
b) Deus quis revelar sua glória pras nações mesmo através da Lei (Dt 4.5-8);
c) Deus levantou profeta para as nações (Jr 1.5);
d) Deus estabeleceu uma casa de oração para as nações (Isaías 56.5-7);
e) Jesus enviou os discípulos para as nações (Mt 28.19, Mc 16.15, At 1.8);
f) Todas as nações estarão diante do Trono um dia (Ap 7.9-10).
2) A direção que devemos ir é aos locais em que julgamos que podemos corresponder de uma maneira melhor ao propósito de Deus:
Ainda no texto da famosa frase, Wesley também escreve: “se você me pergunta sobre qual princípio agi, eu respondo: ‘o desejo de ser um cristão, e uma convicção de que o que quer que eu julgue coerente a isto, sinto-me constrangido a fazer; onde quer que julgue que possa corresponder de uma maneira melhor a este propósito, é nessa direção que devo ir’. Alicerçado neste princípio, parti para a América, visitei a Igreja Morávia; e estou pronto agora (Deus, como meu ajudador) a seguir para a Abissínia, ou China, ou onde quer que agrade a Deus, mediante esta convicção, chamar-me”.
Não é que o cristão ou missionário que vai para as nações seja mais importante do que aquele que permanece em seu lugar de origem. Mas, creio que todos nós podemos nos perguntar qual é o nosso papel neste desafio levantado por Deus e por Jesus. Talvez poucos de nós vamos chegar a morar em outros países, mas podemos fazer uma missão de curto prazo; podemos ofertar; e, certamente, todos nós podemos orar pelas nações e pelos missionários que lá estão.
Que, neste dia, venhamos a refletir sobre nosso chamado e papel na missão para a qual Deus nos chamou. Amém!
Pr. Marcelo Barros