8 de Setembro
Leitura bíblica: Jó 14.7-9; 14.15
Sempre que começamos uma nova tarefa ou uma nova etapa, temos expectativas de um desfecho positivo. Às vezes, as circunstâncias complicam a esperança de sucesso em nossas metas ou projetos. É triste ver tanta gente festejar e sonhar com um ano novo, cheio de vitórias na passagem do ano e, de repente, já no fim de janeiro, amargar a desesperança. Infelizmente, isso tem acontecido com muitas pessoas à nossa volta.
O texto bíblico maravilhoso que fala do tema esperança revela algo poderoso; isto é, a esperança divina é poderosa e pode mudar nossa perspectiva de vida e exercer uma influência tremenda em todas as áreas da vida. Ainda que o nosso Deus prolongue a vida de cada pessoa, como diz o salmista no Salmo 90.10, sabemos da nossa impotência enquanto seres humanos diante do poder e da sabedoria de Deus, e que estamos sob os limites determinados por Ele.
Neste texto, Jó roga a Deus por causa da brevidade e a miséria da vida humana, e utiliza duas metáforas vívidas: uma flor que murcha e uma sombra que passa. No versículo 7, na expressão “há esperança para árvore”, Jó deixa implícito que a vida é melhor para as árvores do que para o ser humano. Quando a árvore é cortada, ela pode brotar de novo.
Essa parte do texto nos traz a memória a profecia de Isaías (6.13), que dizia que Israel seria cortado da mesma forma que se corta uma árvore, mas, pela compaixão e amor de Deus, da árvore brotariam novos ramos. Esse renovo é o nosso Salvador, Jesus (Isaías 11.1).
Jó estava indignado e, no seu coração, ele atribuía seu sofrimento à ira de Deus, porque ele acreditava na lei da retribuição. Na sua visão, os puros sempre seriam abençoados, mas os perversos, cedo ou tarde, seriam julgados por Deus. E, diante de sua indignação, ele faz uma pergunta: “[…] morrendo o homem, porventura tornará a viver?”.
Jó estava perdendo a esperança de qualquer restauração da sua saúde ou da família, e envolveu-se em pensamentos de morte; pôs-se a pensar no descanso que a morte traria à sua mágoa e dor. Ele faz a pergunta e, com determinação, decide esperar a vinda da sua mudança. A esperança do povo de Deus é uma esperança que não se desespera. Uma esperança que não falha, uma esperança que não morre. Por que não avaliamos a vida apenas pelo tempo presente? Deus promete um futuro interminável e maravilhoso aos que lhe são fiéis.
A esperança cristã é como uma árvore cortada. Mesmo decepada, ela volta a brotar. Mesmo que passe por violência, ela volta a renascer. A nossa esperança não pode ser abalada, quer enfrentemos golpes, perdas, inúmeras diversidades mais severas da vida, há um brado que precisa sair dos nossos lábios: o nosso Redentor vive e um dia estaremos com Ele e o veremos face a face! Meu irmão/ã, não fomos esquecidos por Deus. O Senhor sempre se importou com os aflitos e ainda se importa.
Jó teria a sua esperança renovada. Ele olharia ao redor e não veria perigo. Seria capaz de descansar à noite em paz, em contraste com suas voltas na cama, em suas dores. Ele descansou, assim como cada um/a devemos descansar em Deus. Em tempos difíceis, de aflição, ou oposição da parte dos inimigos, devemos voltar-nos para Deus como nosso verdadeiro refúgio, nossa esperança de um amanhã melhor.
Rosemary Barbosa | Pastora