9 de Setembro
Leitura bíblica: João 4.35-36.
Aproveitando o fato de a mulher samaritana ter se ausentado, os discípulos rogam a Jesus: “Rabi, come!”. Jesus aproveita o ensejo para ensinar a eles uma profunda lição, dizendo que a comida mais saborosa e mais necessária era fazer a vontade do Pai. Uma cidade estava vindo ao seu encontro, e eles deveriam entender que aquele era um momento de colheita para o Reino de Deus. Nenhuma atividade lhe dava mais prazer.
Os discípulos eram míopes espirituais. Eles não tinham discernimento do momento que estavam vivendo. Jesus estava dizendo que, apesar da colheita dos grãos estar distante, a colheita de almas já poderia ser feita. Nós precisamos ter visão: visão de que, sem Cristo, o ser humano está perdido. Visão de que a obra de Deus precisa ser realizada agora. Precisamos ter visão espiritual e entendermos que, se perdermos a nossa geração, perdemos o tempo da nossa oportunidade.
Faltava aos discípulos ter paixão pelas almas perdidas (v.34). Falta-nos também essa mesma paixão. Sem paixão, seremos apáticos e lentos. Sem paixão, seremos omissos e covardes. Precisamos clamar como Paulo: “e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1ª Coríntios 9.16). Precisamos clamar ao Senhor: “dá-me filhos/as para Jesus, senão eu morro”.
Uma lavoura madura não pode esperar para ser colhida. Ou é colhida imediatamente, ou a colheita é perdida. A cidade estava a caminho, e não havia tempo a perder. Aquela não era a hora de comer, mas de trabalhar e fazer a vontade do Pai. A evangelização não é um programa, mas um estilo de vida. Precisamos ter compromisso com a obra de evangelização. Esse compromisso deve arder em nosso peito.
Jesus falou a respeito do semeador e do ceifeiro (v. 36-38). Um planta e o outro ceifa. Jesus havia semeado na vida da mulher samaritana, e os discípulos agora fariam uma colheita do que não haviam semeado. Jesus é o semeador por excelência. Mais do que isto, Ele é o grão de trigo que cai na terra e morre, para produzir fruto em abundância. Não há ceifa onde não há semeadura. Nem sempre aquele que semeia é o que ceifa. Tanto o que semeia como o que ceifa, entretanto, tem sua recompensa. Não há maior alegria do que levar uma pessoa a Cristo. Não há maior recompensa do que entesourar frutos para a vida eterna.
O ceifeiro recebe, desde já, sua recompensa e entesoura seu fruto para a vida eterna. Quando um pecador se volta para Deus, deve haver alegria não apenas diante dos anjos no céu, mas também diante dos ceifeiros na terra. Quando estes ceifeiros chegarem ao céu, serão recebidos por aqueles que foram alcançados por intermédio de seu ministério.
Pra. Joseane Goese