15 de Junho
Leitura bíblica: Êxodo 36.2-7.
O povo de Israel estava no deserto. Eles tinham passado pela fantástica experiência da libertação do Egito, descrita no livro de Êxodo. Foram sustentados de forma maravilhosa por Deus, que lhes deu água e pão e os protegeu dos povos inimigos. Eles passaram pelo monte Sinai e receberam os Dez Mandamentos.
Mas, sem identidade nacional e sem lugar de adoração a Deus, o povo é influenciado por outros deuses. Neste contexto, Moisés recebe a ordem de construir um tabernáculo, um lugar de adoração, para prestar culto a Deus (capítulo 35). A obra a fazer é a construção do tabernáculo (v. 2). Para realizar esta obra todo o povo foi convidado a trazer suas ofertas (v. 3). Moisés passou estas ofertas para a comissão de construção comandada por Bezalel e Aoliabe (v.2). Mas, a cada manhã, o povo trazia ofertas e mais ofertas voluntárias (v. 3). E, no verso 5, o chefe de construção diz a Moisés: “o povo traz muito mais do que o necessário para a obra que o Senhor ordenou que se fizesse”. Então, vem a curiosa ordem de Moisés: “nenhum homem, nem mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais ofertas” (v. 6).
Como é possível que um povo pobre, escravo e espoliado pudesse trazer tantas ofertas para realizar a obra de Deus? Em nosso texto é informado que Deus tocou o coração e as pessoas passaram a ter boa vontade para ajudar. As pessoas sacrificaram tanto os seus bens materiais quanto o seu tempo. Manhã após manhã eles continuavam trazendo suas ofertas. Havia voluntariedade, habilidade dos operários e generosidade. A combinação desses três fatores fez do projeto um sucesso completo, o qual foi realizado em pouco tempo.
Da mesma forma que, a cada manhã, os filhos de Israel recebiam do Céu o maná, “cada manhã o povo trazia a Moisés ofertas voluntárias” (v. 3), Rapidamente, Moisés conseguiu tudo o que era necessário para erguer o tabernáculo, de forma que “o povo foi proibido de trazer mais” (v. 6). Essa disposição voluntária em forma de ofertas tem um significado tão nobre e santo quanto a mensagem do próprio santuário. Ela é um tipo da entrega voluntária de Jesus, que ofertou mais do que o suficiente para nos garantir a vida eterna.
Todas as vezes que levamos em nossas mãos as nossas ofertas voluntárias à casa do Senhor, elas representam a nossa gratidão pela oferta incomparável de Cristo. Somente quando compreendemos essa tão maravilhosa graça e permitimos que ela nos transforme, nossa vida, tempo, talento e tesouros tornam-se primariamente a serviço do Deus que nos salvou.
O povo obedeceu às ordens de Deus e ofertaram por amor para a construção do tabernáculo. Quando amamos a Deus e sua obra temos alegria em ofertar e ver o projeto de Deus sendo executado. Quem ama a igreja não explora a igreja. exploramos a igreja quando só queremos nos servir dela, mas não servimos a ela! Há pessoas que, por não amarem a sua igreja, mudam de igreja, ao invés de mudarem de comportamento. Esperam que a igreja resolva seus problemas matrimoniais, financeiros, de prosperidade, saúde… querem receber alimento espiritual, ouvir uma boa pregação, um bom louvor, mas não querem servir à igreja (não contribuem, não trabalham na igreja, não trazem convidados!).
Quem ama a sua igreja está sempre atento, preocupado, trabalhando e torcendo pela vitória da sua igreja. Quem ama a sua igreja jamais a abandona, nem a troca por outra! (Imagine o marido dizer que ama a esposa, mas vai embora com outra.) Quem ama a sua igreja investe nela: tempo, trabalho, oração, dinheiro, preocupação. Ninguém consegue amar a sua igreja sem antes amar a Cristo! Quem ama a sua igreja, ama a Cristo e a cada dia que passa, a gente ama mais ainda a Cristo e a nossa igreja!
Pra. Joseane Goese