LIÇÕES

Devocional 15-10

15 de Outurbo

Leitura bíblica: Lucas 10.38-42

Não sei quanto a vocês, mas eu amo cozinhar. Tenho essa atividade como um dos meus hobbies. Esforço-me para ser o “mineirim” bom de fogão e manter, orgulhosamente, a teoria popular de que Minas Gerais possui a melhor culinária nacional. Hoje, fiz a “especialidade do chefe”: uma costela de porco que, modéstia à parte, é muito gostosa (não à toa é o prato favorito da Carol que, insistentemente, me pediu para um dia eu fazer só para ela, sem convidar nenhum casal de amigos para precisar dividir, como havia ocorrido anteriormente). Enquanto estávamos almoçando, surgiu uma brincadeira bastante divertida. Começamos a questionar como seria a nossa reação se, por um acaso, Jesus estivesse vindo visitar a nossa casa. Logo brinquei dizendo: “se Jesus viesse comer em nossa casa, com certeza ele ia pedir para eu fazer essa costela de porco. E se, por um acaso, eu fosse um judeu zeloso e recusasse a me preparar um animal impuro, o porco desceria do céu em um lençol e Jesus diria para eu fazer logo aquele alimento para ele apreciar”.

Brincadeira à parte, essa pergunta nos traz uma reflexão interessante: como você iria se preparar caso descobrisse que Jesus viria te visitar? Nos evangelhos, temos algumas passagens que mostram como foi a reação daqueles que passaram por essa experiência. Podemos citar a visita à casa de Zaqueu (Lucas 19), a refeição junto aos dois discípulos em Emaús (Lucas 24) e, também, a visita a casa de Marta e Maria.

Todos nós conhecemos o ditado: “Dá dinheiro, mas não dá intimidade”. Comumente, utilizamos ele para brincar com algum amigo(a) que temos determinado nível de amizade. Abrir a porta da nossa casa para alguém é dar liberdade para que esse convidado tenha acesso a uma grande parcela da nossa intimidade. Algumas visitas são tão íntimas que você não se constrange em deixar ela abrir a porta da geladeira ou palpitar sobre a decoração. Quando ela pergunta se pode algo, você logo responde “ahh pode parar, você não é visita!”.

Uma coisa é certa: Jesus também não pode ser considerado uma visita. Pois, todos aqueles que o receberam tiveram suas realidades totalmente transformadas. Uma mudança significativa ocorreu naqueles lares. Quem roubava não furtava mais; os doentes eram curados; os que caminhavam sem esperança se tornavam mensageiros de boas notícias.

O que podemos entender, então? Podemos dizer que Jesus não era uma visita, pois Ele não se assemelha com aqueles que jantam e logo, quando termina a noite, permite que os moradores daquela casa retomem a sua rotina doméstica como era anteriormente. Jesus não era apenas uma visita, mas sim uma presença marcante e permanente nos lares por onde passou. Mantendo-se vivo através dos testemunhos que foram gerados nos homens e mulheres com quem teve contato.

Jesus não era um visitante, mas um habitante. E, na sua casa e vida, Jesus é uma visita ou um habitante?

“Tu és bem-vindo aqui. A casa é sua pode entrar. Me esvazio de mim… Essa casa é sua casa nós deixamos ela pra você Jesus”.

Que esse cântico possa ser o seu desejo e sua oração. Que Deus abençoe sua vida!

Do seu irmão em Cristo,

Bruno Ferigato | Pastor