15 de Novembro
Nas minhas últimas devocionais, falamos sobre muitos princípios a respeito da importância da dinâmica do discipulado para o crescimento saudável da igreja, através do livro de 2ª Timóteo. Queria concluir esta proposta de estudo com estes últimos pontos de destaque:
1 – Discipulado é o melhor caminho para a igreja crescer e o fruto permanecer, mas o discipulador precisa estar preparado para o discipulado não dar certo. “Você sabe que todos os da província da Ásia me abandonaram, inclusive Fígelo e Hermógenes” (1.15) / “Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica” (4.9).
Uma mensagem que tenho trabalhado no meu interior há alguns anos é: “ajuste suas expectativas”. Devemos trabalhar com fé na vitória, na excelência. Mas, é preciso estar preparado para derrotas, para crises, para instabilidades.
Invista em pessoas, invista na expansão do Reino, no crescimento da igreja. Mas, esteja pronto para os dias em que as coisas não derem tão certo quanto você gostaria.
2 – Discipulado é uma ferramenta poderosa, mas precisamos saber que quem dá o fruto e faz ele permanecer é Deus. “Eu sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia” (1.12).
Este item está diretamente ligado ao anterior. Não devemos idolatrar métodos, fórmulas, modelos… e nem acreditar demais na força do nosso próprio braço. Ganhar, consolidar, discipular requer bastante esforço da nossa parte. Mas o fruto vem dEle!
3- Na dinâmica do discipulado, o discipulador também precisa que alguém cuide e se importe com ele: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou” (1.16).
Onesíforo é um personagem desconhecido, que, em toda a Bíblia, só aparece nesse trechinho. Mas, o texto diz que ele deu ânimo para Paulo (v. 16), demonstrou preocupação e cuidado com Paulo (v. 17), e prestou a ele muitos serviços (v. 18).
Não devemos ser “sanguessugas” da pessoa que se dispõe a nos ajudar. Receba o cuidado com humildade. Mas, sempre que possível, honre, elogie, agradeça, ofereça ajuda a seus pastores, líderes, àqueles que estão se importando em cuidar e servir você. Devemos ter muito cuidado com a ingratidão, murmuração e desonra.
Pr. Marcelo Barros