16 de Maio
O evangelista Lucas diz que vieram alguns fariseus dizerem a Jesus para sair da jurisdição do governo de Herodes, porque este queria matá-lo. Herodes era um homem astuto, perverso e imoral. O desejo de Herodes de que Jesus saísse de seu território e acelerasse a viagem para Jerusalém também correspondia ao interesse dos fariseus. Eles pensavam que, em Jerusalém, com a atuação do sinédrio, seria mais fácil colocar um fim em sua atuação. Por isso, Jesus os manda de volta a Herodes, com o seguinte recado: “ide e dizei a essa raposa”. Jesus chama Herodes de “raposa”, o que era a mesma coisa que dizer que ele era desprezível.
Mesmo diante da iminente ameaça, Jesus não arredou o pé de Sua jornada itinerante. Ao contrário, Ele disse: “importa caminhar hoje, amanhã e depois…”. Nenhuma força na terra tem poder para deter ou frustrar os planos de Deus. Jesus deixa claro que Sua morte não se daria na Galileia de Herodes, mas em Jerusalém. A capital era o coração da nação. Era ali que Seu destino seria decidido. Era ali que a atitude da nação para com Jesus tomaria seu formato final, e que Sua morte ocorreria, realizando o propósito de Deus. Sua morte não seria o triunfo dos maus, mas Sua entrega voluntária para a redenção dos pecadores.
Jesus disse que importa caminhar. Isso aponta para a dinâmica da obra, para a necessidade de avançar sempre em direção ao objetivo, que é a vida eterna. Não é somente caminhar, mas caminhar no tempo é hoje. Aquele era o momento da bênção no ministério de Jesus, o momento do júbilo de ver o Senhor operando milagres, libertações, curas maravilhosas. Importava caminhar naquele momento e naquela hora. O amanhã a que Jesus se referiu foi de perseguições, humilhações, angústias, provações e, por fim, o Calvário. Ele disse que importava caminhar nestes momentos difíceis também.
O dia seguinte fala do momento da Ressurreição e da Glória do Senhor Jesus. Este momento também será o daqueles que caminharem em fidelidade até Aquele Dia. Devemos tomar cuidado, pois a desistência e o desânimo em prosseguir na caminhada, ou seja, o abandono do Projeto de Deus por causa das lutas e provas, implica na morte espiritual. Aqueles que pararem na caminhada e perderem a vida eterna, ficarão fora da Jerusalém Celestial, a Cidade Santa que Deus preparou desde a fundação do mundo para aqueles que O amam.
A obra de Deus é uma caminhada, uma vida na revelação que não pode ser deixada por nada neste mundo. Para chegar à eternidade, é preciso caminhar com Jesus em todas as circunstâncias. Amém!
Pra. Joseane Goese