Leitura bíblica: Marcos 14.27;31
18 de Fevereiro
A Bíblia é um livro que mostra o ser humano em sua totalidade, apresentando suas falhas, seus pecados. Quando falamos do discípulo Pedro, compreendemos a glória da graça de Deus na restauração do ser humano.
Pedro foi escolhido por Jesus. Estava sempre na frente, dava a sua opinião sem medo de errar. Foi o primeiro a responder sobre a pessoa de Jesus. Foi corajoso ao perguntar a Jesus quantas vezes devia perdoar o irmão. Foi ele quem andou sobre as águas. Foi o primeiro a levantar para verificar o sepulcro quando as mulheres anunciaram que Jesus tinha ressuscitado. Também foi o primeiro a voltar à prática de pesca depois da morte e ressurreição de Jesus, levando os outros discípulos.
Sendo um discípulo de Jesus, ele demonstrava suas fraquezas humanas. Especialmente por, muitas vezes, ser o primeiro a falar, agir. Algumas vezes lhe ocorreram embaraços por causa da sua precipitação. Uma delas foi quando Jesus disse que todos iriam escandalizar-se dele, e Pedro disse: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo algum te negarei” (Mc 14. 27; 31). Outro momento de precipitação foi quando ele cortou a orelha do guarda, e Jesus o advertiu (Jo 18. 10-11). Outro momento foi quando Pedro disse que Jesus não lavaria seus pés (Jo 13.8-10).
No discipulado, nossa humanidade se manifesta. Pedro dormiu quando era hora de orar junto de Jesus e dos demais discípulos; teve medo após a prisão de Jesus e disse que não O conhecia (Mt 26. 69-75). Outro momento em que o medo foi notório em sua vida foi quando o Senhor o mandou vir sobre as águas e o vento começou a soprar, e ele começou a afundar (Mt 14. 30).
Pedro não era melhor do que nenhum de nós e nem pior. Ele era um homem em quem Jesus viu possibilidades e trouxe para junto de Si. Em meio as suas fraquezas e virtudes, foi alguém que encontrou o caminho de volta para Jesus. Viveu sua humanidade, reconheceu seus erros, se arrependeu, confessou publicamente seu amor a Jesus. “Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu te amo!” (Jo 21.17). Comprometeu-se com sua fé até a morte. Então, seu ministério foi restaurado.
Talvez você esteja se sentindo fraco/a; medroso/a; até pensando que não tem mais jeito, porque tem negado a Jesus com sua fala, atitudes. Como Pedro, que muitas vezes se precipitou no falar, no tomar de decisões. O que você não pode esquecer é que, em todos os momentos na vida de Pedro, quer ele acertando ou errando, Jesus sempre estava por perto para orientar, ajudar, mostrar a verdade, trazê-lo pra perto, corrigi-lo.
O discipulado nos reporta a realidade da nossa humanidade, mas também do amor de Deus, que implica: correção, desafio, verdade, autoexame, perdão, aprendizado e restauração. O discipulado é esse caminhar diário com Jesus, entendendo que não somos melhores e nem piores do que Pedro. Na verdade, somos pessoas que vivem na total dependência de Jesus, que precisam de cuidado, acompanhamento, instrução, e relacionamento contínuo. Jesus fez exatamente isso na vida de Pedro.
Como discípulos/as, seguimos a Jesus. Aprendemos seus ensinamentos, caminhamos conforme a Sua vontade, e cada dia buscamos ser mais semelhante a Ele em nossas decisões e atitudes. Só assim teremos condição de cumprir nossa missão de fazermos discípulos/as.
Pra. Rosemary Barbosa.