18 de Abril
Entendemos que a crucificação e, consequentemente, a mensagem da Páscoa, precisava acontecer para se cumprir o propósito de Deus e do Messias. Mas, tudo isso só se concretizou através da participação de muitas pessoas.
O versículo 10 é muito forte, pois revela a motivação por trás de toda a ação dos sacerdotes ao longo dos Evangelhos: inveja! E, no versículo 11, é mencionado também o que eles fizeram em todo o tempo: incitaram o povo a pensar como eles pensavam, ou seja, eles se utilizaram da manipulação espiritual. Portanto, irmãos, nosso alerta precisa estar constantemente ligado. A igreja também pode ser um ambiente extremamente tóxico. A inveja e o orgulho cegaram os sacerdotes que não reconheceram o Messias pelo qual tanto esperavam. Talvez nossos olhos estejam cegos para muitas coisas também!
E a multidão, manipulada, gritava: “crucifica-o!”. A voz do povo, como se vê, nem sempre é a voz de Deus. Muitas vezes, existem delírios coletivos. E, em todo o tempo, é preciso analisar cada causa com sabedoria e discernimento. Não se sabe exatamente quem estava lá, mas, pela leitura dos Evangelhos, percebemos que um número altíssimo de pessoas foi alcançado pelo ministério de Jesus e dos discípulos. Então, como é possível imaginar que uma multidão tão numerosa gritaria para que Ele fosse crucificado? Seja por ingratidão, esquecimento ou por se submeter a uma manipulação espiritual e política, eles trocaram Jesus por um bandido. Talvez a mídia, os amigos ou a política ainda nos façam trocar Jesus por outras coisas de pouco valor.
O fato é que Jesus foi crucificado, como previam as Escrituras, para o benefício de toda a humanidade. Mas, é assustador pensar que atitudes humanas escancararam o caminho para que a injustiça acontecesse.
Que venhamos pensar sobre isso nesta semana em que nos aproximamos da celebração da Paixão de Cristo, e que possamos estar atentos para não sermos levados por nenhum vento de doutrina que nos afaste de Cristo.
Marcelo Barros | Pastor