19 de Setembro
Quando lemos a parábola do filho pródigo, sempre focamos no filho mais novo, que desperdiçou todos os bens que havia recebido por herança do seu pai. Era típico da Lei Romana, naquela época, uma certa quantidade garantida para cada um dos filhos; o mais jovem tomou a sua e partiu. O versículo em destaque mostra a reação do filho mais velho, que se indigna com seu pai ao perceber que seu irmão mais novo havia voltado depois de se arrepender, e diz: “eis que te sirvo há tantos anos sem nunca transgredir o Teu Mandamento e nunca me deste um cabrito, para alegrar-me com meus amigos” (v.29). A resposta do filho mais velho mostra que ele também não tinha um relacionamento com seu pai e estava tão perdido quanto seu irmão. Em sua fala, o “servir” dele foi dito na esfera do mérito; para ele, era só um trabalho, e declarou ter obedecido seu pai perfeitamente, o que foi uma hipocrisia.
No versículo 30, o filho mais velho continua cobrando seu pai, apontando todos os erros de seu irmão, ao invés de se alegrar, pois ele havia se arrependido. Quando o pai lhe responde: “filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas” (v.31). Concluindo nossa fala, o comportamento do filho mais velho não era de relacionamento com seu pai, ele se via como um empregado, enquanto seu pai declarava que tudo que ele tinha, era dele também!
Quantas vezes não temos relacionamento de filhos com nosso Deus? Quantas vezes servimos na igreja como se fosse um mérito? Quantas vezes achamos que, por estar na casa de Deus, em algum ministério, temos que receber algo do Senhor? Esses comportamentos nos afastam da posição de filhos, pois servir em sua casa é um chamado e não buscamos nada em troca.
Há algum tempo, fomos confrontados na série de mensagens trazida pelo pastor Wesley Nascimento: “Voluntários? Não! Chamados? Sim!”. As ministrações nos trouxeram a reflexão que todos nós somos chamados a fazer a obra do Senhor aqui na Terra, e não sermos tão somente voluntários. Voluntários não se comportam como filhos, e sabemos que temos um Pai maravilhoso que intercede por nós todos os dias, preparando sempre o melhor banquete, assim como aquele filho recebeu do seu pai, quando verdadeiramente compreendeu que tinha um pai que lhe amava.
Que possamos viver um relacionamento verdadeiro com nosso Deus todos os dias de nossas vidas. Deus abençoe!
Dayana Queiroz de Oliveira | Célula TIKVA