19 de Novembro
Leitura bíblica: Marcos 2.3-12
Estamos neste tempo de reflexão sobre a importância do discipulado na vida da Igreja. Pensando nesse tema, refletiremos sobre a atitude de quatro homens que mudou a vida de um paralítico. Veremos o que fizeram para viabilizar um acontecimento milagroso.
Os quatro amigos do paralítico agiram em seu favor por causa de uma visão de fé. A cura aconteceu, primeiro, no coração dos amigos, para depois ser uma realidade no corpo do paralítico. É assim que as coisas funcionam no Reino espiritual. O que desejamos que aconteça, primeiro, tem de nascer em nossos corações, para que depois se materializem (Hb 11.1-3). Aquele coxo precisava de ajuda. A visão determina a ação. Precisamos pedir visão ao Senhor. Visão de ver os perdidos salvos, de ver os famintos sendo alimentados, de ver os presos sendo resgatados e devolvidos à família e à sociedade com dignidade, de ver a igreja crescer. Os amigos do paralítico realmente creram que Jesus podia fazer algo por ele.
Eles provaram tal fé quando a demonstraram por meio de atitudes concretas, sem as quais nada aconteceria. Sim, eles revelaram o quanto acreditavam num milagre, por meio do que fizeram de real. Cada um pegou numa ponta da maca. Juntos, ergueram o doente, caminharam por entre a multidão, subiram em cima da casa, tiraram a telha e o desceram. Essa era a parte que lhes cabia, e a fizeram muito bem. Por esse motivo, a Bíblia disse: “vendo-lhes a fé” (Mc 2.5a). É interessante perceber como aqueles homens mantiveram a atitude de vencedores, a despeito das dificuldades apresentadas. Notemos que a oposição surgida não foi apenas a da multidão à porta da casa, impedindo a passagem da maca. Outras maiores tiveram de ser superadas.
A primeira, talvez, tenha sido a da incredulidade. É possível que eles tenham pensado em desistir, diante do grande desafio. Quem sabe, não tenham chegado a pensar que não valia a pena tanto esforço para uma eventual frustração.
A segunda barreira vencida foi a da indisposição. Até que ponto eles estariam realmente dispostos a levar aquilo até o fim? A terceira, como já citamos, a da multidão à porta da casa. Poderiam ter pensado que o Messias não teria tempo ou interesse de ajudar seu amigo. Ou, que estava ocupado demais com as necessidades dos outros. Mas eles não pensaram assim.
A última barreira vencida foi a do telhado removido para a passagem da maca.
Enfim, apesar dos muitos obstáculos, eles não se deixaram intimidar por nenhum deles. Em todo o tempo, mantiveram uma atitude de vencedores (Rm 8.37-39). Cremos ser esta a atitude de qualquer um que se propõe a ver cumprido um sonho de Deus plantado no coração.
Sempre que levamos alguém a Jesus, algo extraordinário acontece. Não foi diferente com este paralítico. Muitos são levados a Jesus por causa da enfermidade, depressão, desemprego, conflito conjugal e problema com os filhos. Mas, quando chegam buscando uma bênção temporal, recebem de Jesus também o perdão, a libertação e a salvação eterna.
Com uma igreja que ama, que cuida e se importa, nossa atitude deve ser a mesma dos amigos: se quisermos ajudar as pessoas a irem a Jesus, precisaremos carregá-las na mente, no coração, na alma, nos braços.
Pra. Joseane Goese