LIÇÕES

devocional 24-10

24 de Outubro

Leitura bíblica: Eclesiastes 4.9-12

Faço parte de uma geração individualista. A cada dia, mais jovens optam por levar uma vida sem o desejo por um compromisso matrimonial. Vários podem ser os motivos para isso: a) alguns consideram o projeto familiar um grande risco; b) não se veem vivendo uma vida toda com um parceiro(a); c) acham desgastante se adaptarem a uma vida conjunta, tendo que adequar suas rotinas e costumes domésticos a uma outra pessoa. A verdade é que o casamento não é mais visto como algo valioso.

Também encontramos muitos casais que optaram por não terem filhos. Ao invés disso resolveram substituí-los por um animal doméstico. Muitas mulheres consideram que a maternidade seria um incômodo para a carreira profissional; muitos homens consideram filhos um prejuízo econômico e financeiro. Por consequência, temos visto uma baixa taxa de natalidade, pouca procura por adoção, e, até mesmo, um grande movimento pela legalização do aborto. A verdade é que os filhos não são mais vistos como uma dádiva.

Atualmente temos grupos de cristãos que se denominam como “desigrejados” e defendem uma vida de fé longe de qualquer comunidade. Muitos justificam sua posição pelo fato de terem passado por experiências desagradáveis e decepcionantes. A verdade é que as Igrejas não são mais vistas como valiosas.

Infelizmente essa é a realidade deturpada que temos vivido, em que relacionamentos são tão líquidos, distantes e frios. A verdade é que relacionamentos, em suas distintas situações, não são mais vistos como relevantes. A carreira profissional, bens materiais, prazer e conquistas individuais, bem-estar, entre outros, estão em um nível de importância maior que qualquer projeto familiar ou congregacional.

É nesse contexto, mais do que nunca, que o amor de Cristo precisa ser manifestado através das nossas vidas. Esse amor que transforma o mundo. O verdadeiro amor que nos aproxima do próximo e nos faz entender que não há vida plena na individualidade. É preciso compreender que o próprio Deus escolheu ser relacional e nos criou, também, com essa necessidade. O próprio Jesus Cristo escolheu se tornar carne e se relacionar intimamente com a humanidade. Devemos nos perguntar: Cristo verdadeiramente habita em meu coração?

Onde Cristo habita ali existe o anseio de estar com o próximo e repartir o pão, como Jesus mesmo fez; existe o desejo de estar ao lado daqueles que sofrem, trazendo consolo e paz como o Mestre nos deixou como exemplo; existe o anseio de levar esperança e ajuda para que o outro alcance dádivas maiores em suas vidas como nosso Salvador fez; e também existe uma forte expectativa de viver laços verdadeiramente fraternais e familiares. Se Cristo habita em nós precisamos fazer com que nosso testemunho se torne uma chama de esperança e respostas para esse mundo.

Como diz o poeta: “fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho”.

Que Deus abençoe sua vida.

Do seu irmão em Cristo,

Bruno Ferigato | Pastor