24 de Novembro
Leitura bíblica: Lucas 10.25-37
Os atos de bondade do Senhor para conosco são notórios todos os dias. Mas, a pergunta que não quer silenciar é: e os nossos atos de bondade? Temos exercido no dia a dia? As pessoas bondosas possuem rostos francos, coração grande e mãos abertas. Será que nos encaixamos nessas características?
Quando ouvimos essa parábola, ficamos indignados com o comportamento do sacerdote e do levita, que estavam preocupados com suas responsabilidades no templo e não tinham tempo para investir nas vidas que necessitavam de apenas um ato de bondade. O nosso comportamento em muitas situações tem muita semelhança ao comportamento do sacerdote e do levita. Geralmente, não damos a atenção devida a alguém porque não a conhecemos. O medo de aproximação de um necessitado nos dias atuais tem sido grande. O medo da pessoa não estar falando a verdade, de querer nos machucar, de nos roubar, etc.
O samaritano não se importou com nada disso. A sua preocupação foi com a vida daquele que estava quase à morte na beira da estrada. Ele foi movido de imensa compaixão e bondade. A bondade está presente nos atos. Qual tem sido a nossa ação diante daqueles/as que Deus tem colocado em nosso caminho, que estão carentes de ajuda? O que temos feito com a bondade do Senhor, que é manifestada a nós a todo instante? A bondade na vida do samaritano revela a prática do amor, que, mesmo arriscando sua própria vida, sacrificou sua comodidade, tempo e dinheiro.
A bondade é um não apego às coisas materiais. Nesta parábola isso fica muito claro para todos nós. Em muitos momentos, deixamos de ser bondosos/as porque não queremos abrir mão do nosso tempo, dinheiro, comodidade, etc. O Senhor Jesus nos amou e foi tão bondoso para conosco que morreu em nosso lugar. Abriu mão da sua glória, veio em forma humana e sofreu para que nós pudéssemos ter vida abundante. Parece que, em muitos momentos, esquecemo-nos desta verdade, que nos dá respaldo para vivenciarmos atos de bondade a todo instante. A bondade fala dessa verdade. Temos que abrir mão de algo para abençoar vidas.
Às vezes, o que mais criticamos na atitude do sacerdote e do levita é o que também praticamos. Se não fazemos parte deste grupo, nos assemelhamos ao doutor da lei querendo nos justificar das nossas falhas perguntando: “quem é o meu próximo”? Bom seria se todos nós, como Igreja do Senhor, tivéssemos o caráter bondoso do samaritano, que se importou mais com a vida do seu próximo do que com ele mesmo. Jesus Cristo disse: “assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.16).
A bondade é o melhor método de proclamação das boas novas do evangelho de Deus ao ser humano. Que nas estradas da vida pelas quais passaremos, que sejamos bons samaritanos, tendo como padrão da nossa conduta Jesus, a expressão máxima da bondade de Deus para conosco.
Pra. Rosemary Barbosa