25 de Março
Leitura bíblica: Lucas 2.8-14
Há um sentimento que transcende a todos os demais. Este não é apenas um sentimento, mas é também uma ambiência, um estado das coisas, um momento na história. Embora de tamanha relevância para o bem-estar humano, tal sentimento, na verdade, se demonstra de todo vital apenas quando de sua ausência. Pois, quando este sentimento inexiste, quando esta ambiência não se faz percebida, quando o estado das coisas não é norteado por ele, tudo ao nosso redor passa a ter seu valor desmerecido.
Nada é suficiente para satisfazer o desejo do coração. Ficamos perdidos. O nome deste sentimento, o nome desta dádiva, é “paz”. A verdadeira paz não é apenas a ausência de guerras. Esta última chama-se, na verdade, armistício. A verdadeira paz é aquela que só encontramos em Jesus, assim como aqueles pastores do texto em Lucas 2.8-14 encontraram no menino indicado pelos anjos. Esta paz, que não pode faltar a nenhum de nós, nos foi presenteada na pessoa do Filho de Deus que se nos foi dado. Em Cristo, somos discipulados a amar uns aos outros assim como a nós mesmos, e a Deus acima de todas as coisas.
Obedecendo a este mandamento, não só as guerras desaparecem por completo, mas também as picuinhas, as facções, as rusgas entre famílias e amigos. A verdadeira paz, encontrada apenas na comunhão com o Filho, encerra as discussões familiares, finda as dissensões entre grupos, diminui as diferenças entre irmãos, resume o assunto de nossas vidas a viver Cristo, uma vez que nos torna uma única família de irmãos. Todos filhos e filhas do mesmo Deus Pai, o qual nos ensinou, através de seu Filho, que em volta de sua mesa não há predileção destinada a nenhum de nós. Não há lugar reservado à Sua direita ou à Sua esquerda. Não há menor ou maior. Somos todos filhos e filhas. Todos herdeiros da mesma graça imerecida. Todos pecadores resgatados, e, portanto, restaurados. Todos salvos.
Pr. Marcos Ferreira