25 de Abril
O medo é uma realidade muito comum no nosso dia a dia, infelizmente, e não diz respeito a algo novo. Assim que pecaram, Adão e Eva se afastaram da voz de Deus por sentirem medo pelo fato de estarem nus. O Senhor aparece a Josué diversas vezes animando-o, dizendo “seja forte e corajoso”, o que indica que Josué experimentava o medo em seu ministério. E, o mesmo ocorreu com Timóteo, discípulo de Paulo, um jovem líder de uma grande comunidade cristã, usado por Deus, mas que também experimentava o medo em seu ministério, motivo pelo qual seu líder o falou a respeito disso.
Então, o apóstolo Paulo lembra-o, em 2ª Timóteo 1.6-7, de manter viva a chama do dom de Deus que estava sobre ele, para que Timóteo lembrasse que havia o Espírito Santo dentro dele. E por que isso era tão importante? Para que ele não esquecesse que Deus não nos deu um Espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Assim, o caminho apontado por Paulo para superar o medo é lembrar que o Espírito Santo foi derramado sobre nós por Deus, nosso Pai, e que ele opera em nós dando-nos poder, amor e equilíbrio, e não covardia. Portanto, é debaixo dessa realidade que devemos agir.
Paulo fala novamente sobre o medo em Romanos 8.15. Neste texto, o apóstolo lembra aos romanos que eles não haviam recebido um espírito de escravidão, para que novamente viessem a temer, mas tinham recebido o Espírito, que os tornava filhos de Deus por adoção. Mais uma vez, Paulo destaca o poder do Espírito Santo superando o medo. Quando recebemos o Espírito Santo, somos ministrados sobre a natureza do amor de Deus por nós, e esse verdadeiro amor lança fora todo medo (1ª João 4.18-19).
Assim, podemos perceber como o medo é uma prisão, uma escravidão, que tenta nos impedir de avançar em direção aos propósitos que Deus tem para nós. Quando nos deixamos levar e controlar por esse medo, nos deixamo-nos ser aprisionados. Aprisionados pela ideia de fracassar; pela nossa baixa autoestima ou sentimento de inferioridade; e, também, pelo nosso entendimento limitado de quem Deus é, e do poder que Ele tem para agir em nós e através de nós. Portanto, é o medo que nos impede, muitas vezes, de alcançarmos bênção e promessas que Jesus já liberou para nós, quando nos deixamos aprisionar por esse medo de avançar, medo de confiar, medo de tentar algo novo, medo de seguir para onde Deus mandou seguir.
Abraão, diante da palavra de sair da sua tenda e ir a um lugar desconhecido que Deus mostraria, poderia ter hesitado, argumentado com Deus sobre tudo que podia dar errado no percurso, se deixar dominar pelo medo e não obedecer. Mas, ainda que pudesse estar com medo do desconhecido, Abraão confiou no Senhor e na Sua Palavra, na promessa de ser um pai de grandes nações, ainda que nenhum filho ele tivesse naquele momento. Mesmo sem ver, ele confiou que Deus proveria o necessário para realizar a Sua promessa. Ele foi fiel à palavra que recebera de Deus, e o Senhor o honrou diante dessa confiança. Ou seja, mesmo com medo, nós podemos optar por sermos fiéis, obedecermos a Deus, e confiarmos que Ele tem o melhor para nós.
Portanto, a coragem não é a ausência de medo, mas sim a convicção de que, acima das nossas dúvidas e aflições, Deus é fiel à Sua própria palavra. Seus pensamentos são maiores do que os nossos pensamentos, e os Seus caminhos são mais elevados do que os nossos caminhos. Então, podemos até sentir medo, mas nunca nos deixar controlar por isso. Podemos, apesar do medo, escolher confiar em Deus e seguir rumo ao que parece desconhecido, mas que o Senhor já preparou para nós.
Que venhamos a prosseguir, com a coragem que implica manter a fé e a esperança mesmo quando as circunstâncias se mostram adversas àquilo que Deus quer que nós façamos. Seja forte e corajoso(a)! Amém!
Gabriela Ferreira | Líder da Célula Move