LIÇÕES

Devocional 26-09

26 de Setembro

Leitura bíblica: Gálatas 3.1-5

A liberdade só é experimentada pelos verdadeiros filhos. O escravo não tem liberdade. O servo de dois senhores não tem liberdade. Mas, o filho que anda no amor do Pai, esse sim anda em liberdade.

Através de Romanos 8.18-21, entendemos que os sofrimentos do tempo presente não são nada comparados à glória a ser revelada na criação de Deus. Existe uma expectativa do mundo em que os verdadeiros filhos de Deus se manifestem. O mundo grita e geme por ter um encontro com a paternidade de Deus, mas isso só começa a partir dos filhos que se manifestam, conduzindo seus irmãos ao Pai (João 14.9).

O mundo está sujeito às aflições, ao medo, à tristeza, à insegurança, à falta de propósito, ao sentido da vida, à razão existencial. O mundo procura por uma causa para se viver. Eles esperam por ser redimidos de todo jugo que o pecado causou.

Nós carregamos a redenção de Cristo. Todas as vezes que nos apresentamos como filhos, essa revelação se torna uma bomba de luz nas trevas. Essa revelação é nada menos do que viver uma vida de evidências sobre quem Jesus é e o que Ele pode fazer.

O Espírito Santo quer nos ensinar que todas essas evidências serão possíveis se passarmos pelo crivo da verdadeira conversão. Começar na graça e continuar nela. Uma vida a partir da qual todos os dias caminhamos na perspectiva da glória de Cristo.

O que é perspectiva da glória? É andar como alguém que entende que a presença e a glória permanecem dentro de nós para sempre. É uma transformação que aponta para a eternidade. Uma transformação que aumenta na medida em que você está disponível para se relacionar.

Desde que você permaneça no processo (Cristo), o próprio Deus vai te ajudar entender que tudo que acontecer na sua vida, vai contribuir para que a imagem de Jesus seja formada em você.

A terceira evidência é caminhar sobre uma nova aliança. Um relacionamento que te proporcionará experiências acima de tudo e qualquer coisa que você experimentou (Moisés x Cristo).

A glória de Moisés se manifestava de forma exterior, visível em seu rosto, onde todos podiam ver. Ela era individual e não tocava as pessoas. Ela produzia a consciência de que apenas Moisés era chamado. Mas, na atual glória, a Bíblia fala do extraordinário de Deus que acontece primeiro dentro de nós (2ª Coríntios 3.4-11, 17-18). É Jesus dizendo: “o meu chamado é para todos”. “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados, e eu vos livrarei”. “Eu me revelarei a você”!

Essa glória não é apenas uma medida maior, mas aponta para a obra do Espírito Santo, gerando intimidade, relacionamento, dando a mim e a você acesso à mesma herança que Jesus tem. E te capacitando a andar como um representante Dele aqui na terra, assim como Ele andou.

Quando olhamos para Moisés, a Bíblia diz que a glória era desvanecida, passageira e não durava. Era uma glória temporal. Ele tinha que voltar para “recarregar”, a fim de que não acabasse. Em Êxodo 32 e 34, lemos que Moisés tinha que voltar de tempos em tempos para repor esta glória; ou seja, era algo que dependia totalmente dele, e isso aponta para o esforço humano de sustentar uma imagem, por isso o véu sobre a face. De contraponto, a glória que recebemos agora na nova aliança é permanente, progressiva e transformadora.

Concluindo, todos os dias, se estamos em Cristo, a presença está nos moldando e nos convencendo de que que não é preciso mais o véu, porque ele foi rasgado. “E todos nós, que com o rosto descoberta contemplamos como por um espelho, a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados DE GLLÓRIA EM GLÓRIA, a qual vem do Senhor, o Espírito” (2ª Coríntios 3.18).

“Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2ª Coríntios 3.17). Aqueles que carregam a glória são muito conscientes da graça que está sobre sua vida. “E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça” (João 1.16).

É como as ondas do mar, uma onda de graça atrás da outra, e não cessa de vir sobre nós. É graça para nos livrar do pecado, a condenação e justificar. Graça para nos habilitar. Graça para lidarmos com situações que aos olhos humanos seriam impossíveis. Graça para amar, perdoar, liberar perdão. Graça para sermos filhos/as, e o representarmos como Ele merece!

Leandro Ferreira | Líder de Célula e Seminarista