27 de Janeiro
Texto base: Mateus 5.7
As quatro primeiras bem-aventuranças nos apresentam a nossa relação diante de Deus. Esta, fala da nossa ação diante dos homens. As primeiras tratam da questão do ser, esta progride para a questão do fazer. No Cristianismo o ser vem antes do fazer. Quem é, faz, e a fé sem obras, é morta. Vivemos em um tempo em que a misericórdia parece ter desaparecido da terra. Hoje, infelizmente, costuma-se pensar que se nós formos misericordiosos com as pessoas, elas vão nos explorar ou vão “pular em nosso pescoço”, se aproveitando de nossa benevolência. Nesta bem-aventurança, Jesus falou que a misericórdia é tanto um dever como uma recompensa. Os misericordiosos alcançarão misericórdia.
Devemos nos lembrar que nos tempos de Jesus, os judeus eram tão cruéis quanto os romanos. Eles eram orgulhosos, egocêntricos, hipócritas e acusadores. Misericórdia é lançar o coração na miséria do outro e estar pronto em qualquer tempo para aliviar a sua dor. A palavra hebraica para misericórdia é “hesed” que significa a capacidade de entrar em outra pessoa até que praticamente possamos ver com os seus olhos, pensar com sua mente e sentir com o seu coração. É mais do que sentir piedade por alguém. Misericórdia é ver uma pessoa sem alimento e lhe dar de comer, é ver uma pessoa solitária e lhe fazer companhia. É atender às necessidades e não apenas senti-las.
O maior exemplo de misericórdia foi demonstrado por Jesus. Ele curou os doentes, alimentou os famintos, abraçou as crianças, foi amigo dos pecadores, tocou os leprosos. Ele fez com que os solitários se sentissem amados. Ele consolou os aflitos, perdoou os que haviam falhado com Ele.
Minha oração é para que possamos nos parecer um pouco mais com Jesus, tendo o mesmo sentimento que Ele tem! Perdoando e exercendo misericórdia. Os que assim fazem alcançam a misericórdia de Deus. E eu acredito que a misericórdia de Deus é justamente o que nós mais precisamos em nossa vida, hoje e sempre.
Pr. Silas Coutinho